Prefeito esclarece sobre revitalização do Centro de Conquista

17 de fevereiro de 2012

Ascom CDL – Vitória da Conquista

O Prefeito de Vitória da Conquista, Guilherme Menezes, concedeu uma entrevista ao Informe CDL para esclarecer sobre questões relacionadas à revitalização do comércio, no Centro da cidade. Falou pela primeira vez sobre o Mercado de Artesanato, que está sendo construído com recursos da Prefeitura.

Informe CDL – Segundo o Sindicato dos Sacoleiros, Ambulantes e Camelôs – SINDSAC, na última reunião com representantes da Prefeitura, eles foram informados que o projeto do Shopping Popular foi “avaliado, reformulado e aprovado”, porém não tiveram acesso a este novo projeto.

Prefeito Guilherme Menezes – Na última reunião que eu tive com o secretário [de Relações Institucionais] do Governo do Estado, César Lisboa, e com o Deputado José Raimundo, expus a situação do Shopping Popular, e o secretário garantiu a liberação de um milhão de reais, o mais rápido possível. A Emurc [Empresa Municipal de Urbanização] fez as correções que o Governo do Estado solicitou no projeto. Agora só depende da liberação de recursos.
Além deste projeto, há o Mercado de Artesanato, já em construção na área do DNIT, na Avenida da Integração com a Avenida Brumado. Estão sendo construídos 120 boxes que serão ocupados por Micro Empreendedores Individuais – e essa vai ser uma exigência. Serão [no total] 240 boxes construídos com recursos da Prefeitura. No local também teremos um Centro Audiovisual, com um Planetário feito também com recursos do município e construído pela Emurc.

Informe CDL – O Mercado de Artesanato vai contemplar as pessoas que trabalham com artesanato. E em relação às pessoas que trabalham na “Feira do Paraguai” e na Praça da Bandeira, onde será construído o Shopping Popular?

Prefeito Guilherme Menezes – Onde funciona, hoje, a “Feira do Paraguai”.  O projeto doShopping Popular está “de pé”, mas não posso dizer quando vamos começar porque são recursos do Governo do Estado. Mas eu percebi também vontade política do secretário César Lisboa e do Deputado José Raimundo – já que foi na gestão dele que este projeto foi elaborado. Ou seja, assim que o dinheiro for liberado, a construção começa de imediato, pois o projeto já existe e está muito bom. É um projeto, com as adequações necessárias, muito bem feito pela Arquiteta da Emurc, Ana Maria.
Já em relação ao Mercado de Artesanato é diferente, porque estamos fazendo com recursos próprios.

Informe CDL – Em relação à questão do estacionamento rotativo nas ruas do Centro, como anda o processo para implantação do novo sistema de estacionamento rotativo – Zona Azul? 
 
Prefeito Guilherme Menezes – Nós estamos estudando este assunto para que aconteça de uma forma bem planejada. Decidiremos quando iniciar o processo juntamente com a Procuradoria Jurídica e com o Simtrans. A empresa que administrava a Zona Azul pegou-nos de surpresa quando abandonou e não deu a mínima atenção ao município.

Informe CDL – O senhor concorda que com a ida dos Micro Empreendedores da Praça da Bandeira para o Shopping Popular, a área ocupada pelas barracas poderia ser utilizada como estacionamento para amenizar um pouco a situação da falta de vagas?

Prefeito Guilherme Menezes – Esta é uma das consequências importantes: ampliar a área de estacionamento. Sabemos que em poucos anos o número de veículos mais do que dobrou em Vitória da Conquista.

Informe CDL – E o número de vagas continua o mesmo…

Prefeito Guilherme Menezes – Nós temos feito sistemas binários, como por exemplo, nas ruas 10 de Novembro e a Sá Porto. Vamos instalar esse sistema binário nas Avenidas Brumado e Pará, que serão mão única. São sistemas que disciplinarão melhor o trânsito. Estamos fazendo ciclovias em Vitória da Conquista e já temos quase 20 km. Para ter uma idéia, a cidade de São Paulo tem aproximadamente 14.000 km de ruas e apenas 30 km de ciclovias – veja a diferença. Somos a cidade com maior número de ciclovias e ciclofaixas na Bahia, que servem ao trabalhador, ao estudante, a quem quer praticar exercício, para o lazer…
Segundo o SAMU 192, o número de acidentes envolvendo ciclistas, inclusive com vítimas fatais, reduziu drasticamente depois das ciclovias em Conquista.

Informe CDL – Quanto à revitalização da área comercial no Centro, há um projeto conceitual elaborado pelo SEBRAE, que foi apresentado aos lojistas e à gestão municipal anterior. Porém, não houve adesão nem por parte dos lojistas, nem por parte do governo municipal. A prefeitura tem alguma alternativa para a melhoria do Centro comercial da nossa cidade?

Prefeito Guilherme Menezes – Neste mandato, priorizamos urbanizar os bairros periféricos da cidade, com drenagem de águas pluviais, esgotamento sanitário e asfalto. Por exemplo, em 2009 zeramos a necessidade de drenagem de asfalto na Patagônia que é um bairro antigo, popular e populoso. Outros exemplos são os bairros Alvorada, Conquistinha, Kadija, Ibirapuera, Jardim Guanabara, grande parte das Vilas Serranas III e IV. Fizemos uma parceira com o Governo Federal para urbanização dos bairros Nova Cidade e Pedrinhas, com esgotamento sanitário, drenagem de águas pluviais e asfalto.
Foi uma questão de priorizar a saúde pública, pois sentimos uma urgência a partir das demandas das lideranças que representam a população desses bairros.
Quanto ao Centro comercial, eu gosto de assumir compromisso em cima das condições reais, assim como assumimos com as pavimentações, e não vamos falhar.
Interessa-me muito discutir com os empresários este projeto de revitalização, visto a importância do comércio de Conquista em seu aspecto histórico.
Conquista sempre foi uma cidade vitoriosa. Seu comércio é descentralizado, não está concentrado na mão de um ou dois empresários, mas de pequenos, médios e até grandes empresários.

Informe CDL – O senhor gostaria de acrescentar mais alguma coisa?

Prefeito Guilherme Menezes – Quero parabenizar a CDL que representa empreendedores e empresários responsáveis. Vitória da Conquista polariza mais de 80 municípios da região na área do comércio, e hoje também na área de serviços. Tudo isso tem o papel importante do comércio, com dinheiro circulando nas mãos de tantos e não nas mãos de poucos, gerando, assim, desenvolvimento social, com justiça social também.