Chocolate é menos de 30% do custo do ovo de Páscoa

5 de abril de 2012

Na Páscoa, o consumidor que compara o preço de um ovo de chocolate com o de uma barra de mesmo peso se surpreende com a diferença de valores – um tablete chega a custar quase metade do preço. E se engana quem pensa que o mais caro na composição dos custos do ovo é o chocolate.

De acordo com levantamento do Grupo Azo, consultoria especializada em varejo, o chocolate representa apenas 27% do valor de um ovo de Páscoa. Na receita para o cálculo dos preços – que deixam os ovos sempre em desvantagem – estão ainda custos com embalagem, que pesa 16%, além de brinquedos, armazenamento e transporte, que chegam a 39% do preço dos produtos. Na decomposição dos valores, ainda entram os gastos com mão de obra: 18% do custo do ovo. Diferente das barras de chocolate, os ovos são montados manualmente.

“Transporte e armazenagem são feitos em carros especiais, com refrigeração, logo, mais caros. Além disso, os ovos são transportados em volume muito menor que um mesmo carro com diversos produtos. Por isso o frete é bem mais caro”, disse Marco Quintarelli, consultor do Grupo Azo.

Fora o cálculo do preço feito pela indústria, o varejo também inclui, na hora de definir seus preços, percentuais específicos relativos à sazonalidade, segundo o especialista. “É para aproveitar este curto período de vendas, de aproximadamente 40 dias. Os preços dos ovos de Páscoa são bem mais inflacionados mesmo”, afirmou.

Uma pesquisa da Associação de Consumidores (Proteste) comparou os preços no varejo e constatou, considerando os preços médios por 100 gramas, que uma caixa de bombom é 84% mais barata do que um ovo de tamanho número 15, e os preços dos tabletes, 44% menores.

É preciso pesquisar
Quem optou por comprar ovos de Páscoa em vez de barras de chocolate ou caixas de bombons, deve ficar atento. A Fundação Procon-SP orienta que o consumidor compare preço, qualidade e quantidade. De acordo com pesquisa do órgão, os preços de produtos de Páscoa – como ovos, bolos e caixas de bombom – podem variar quase 88%.

A recomendação da Proteste é comparar o peso, e não o número impresso na embalagem, pois são encontrados ovos com a mesma numeração, mas pesos muito variados.

 

Fonte: G1