Lojistas orientam consumidores com dívidas caras a renegociar débitos após queda das taxas de juros

11 de abril de 2012

A queda das taxas de juros abre oportunidade para que consumidores e lojistas busquem uma renegociação ampla das dívidas

O SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e a CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) vão orientar seus mais de 800 mil lojistas associados em todo o País a estimular aqueles consumidores com débitos caros a renegociar suas dívidas junto aos credores, aproveitando as taxas de juros mais baixas praticadas recentemente no mercado.

Em comunicado dirigido às mais de 1,5 mil CDLs (Câmaras de Dirigentes Lojistas) e FCDLs (Federações de Câmaras de Dirigentes Lojistas) presentes nas 27 unidades da Federação, o SPC Brasil e a CNDL orientaram que as entidades aconselhem estes consumidores com débitos altos a buscar melhores opções de taxas de juros junto a instituições financeiras.

A nota enviada aos comerciantes associados ao sistema SPC Brasil e CNDL ainda aconselha que também os lojistas busquem renegociar as próprias dívidas junto a financeiras e bancos, de modo a reduzir o custo da sua operação. “Hoje, por conta do histórico de taxas altas no País, o custo de tomar empréstimos é alto até para as empresas. Então é interessante que esse empresário busque melhores condições de financiamentos”, contou o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior.

Segundo ele, a queda das taxas de juros abre oportunidade para que consumidores e lojistas busquem uma renegociação ampla das dívidas. “Nosso conselho é que o brasileiro busque melhores condições de negociação. Se o banco dele não tem taxas baixas, procure um que tenha, tome dinheiro emprestado mais barato e pague suas dívidas com juros menores”, disse.

A orientação de que o SPC Brasil e a CNDL iriam buscar aconselhar seus associados a estimularem uma renegociação geral de dívidas foi feita esta terça-feira (10/04) em Brasília, após o dirigente participar de reunião com técnicos do governo sobre ajustes na implantação do cadastro positivo.

O melhor funcionamento do banco de dados de bons pagadores é citado, inclusive, por Pellizzaro Junior como justificativa para que mais bancos passem a cobrar menos juros dos correntistas. “Se a desculpa de alguns bancos é a inadimplência alta, com o cadastro positivo, ela reduzirá bastante. Então é importante que eles busquem ganhar dinheiro com volume de clientes, e não com juros altos”, disse o presidente da CNDL.

Fonte: CNDL
Imagem: Google