Nunca foi tão bom renegociar dívidas

11 de abril de 2012

Com medidas da Caixa e do BB, aumentam as chances de sucesso em uma renegociação; veja as taxas cobradas no banco público e se vale a pena migrara

Antes da redução, era raro a portabilidade valer a pena para o devedor

São Paulo – A derrubada dos juros de financiamentos praticada por BB e Caixa nesta semana vai dar uma boa aliviada no bolso dos clientes que pensam em obter uma linha de crédito numa das duas instituições. Mas também abriu uma boa oportunidade para quem tem dívidas mais caras em outro banco e deseja reduzi-las. Migrar o saldo devedor por meio da chamada portabilidade de crédito pode representar uma boa economia de juros. Ou, para quem precisa renegociar todas as condições da dívida, também é possível fazê-lo a juros menores.

A portabilidade de crédito é uma maneira de transferir uma dívida com as mesmas condições para outro banco que ofereça juros menores sem ter de pagar novamente o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). É claro que, para isso, é preciso tornar-se cliente do banco para onde a dívida será transferida. Mas no caso da Caixa e do BB nenhuma das duas instituições cobra taxa de início de relacionamento, o que é mais um incentivo para quem quer mudar. Veja como ter uma conta sem tarifas nessas instituições.

“Este é um momento importante para a educação financeira da população, para as pessoas saberem que podem pagar menos e que existe vida fora do seu banco”, diz o economista e especialista em finanças pessoais Beto Veiga. Mas atenção: para migrar a dívida com os benefícios da portabilidade, não se deve alongar o prazo nem modificar a modalidade de financiamento, pois aí já se trataria de uma renegociação, sujeita à cobrança de IOF.

As reduções mais bruscas ocorreram nas taxas do rotativo do cartão de crédito e do cheque especial para os clientes que recebem o salário no banco. As taxas mínimas do Crédito Direto ao Consumidor (CDC) e do financiamento de veículos também foram bastante reduzidas, chegando a ficar abaixo da média de mercado no primeiro caso, e abaixo das taxas médias cobradas pelos grandes bancos no segundo caso. Já as taxas máximas desses empréstimos chegaram mais perto da média de mercado. Confira os valores nas tabelas abaixo em comparação com as taxas praticadas no mercado antes da mudança:

Continue lendo aqui.

Por Julia Wiltgen, de Exame.com