Num país continental como o Brasil, as oportunidades de negócios podem aparecer antes de uma marca chegar onde eles estão “bombando”. Por mais que uma parcela da população de uma grande cidade do Norte se torne um mercado atraente para uma franquia do Sudeste, por exemplo, é preciso sempre calcular o custo do investimento para criar uma operação no local, além de fazer com que a marca chegue ao novo público. Algumas empresas, no entanto, já contam com operações estabelecidas em todo o País.
À medida que novas camadas da população aumentam de renda e podem consumir certos produtos, elas têm sua abordagem facilitada por estarem geograficamente estabelecidas próximas a seus novos potenciais clientes. Um exemplo é o das franquias de línguas. Segundo a consultoria NetplaN, especializada em desenvolvimento empresarial e expansão de negócios, com o crescimento da classe C e os preparativos para a recepção de estrangeiros na Copa do Mundo de 2014 espera-se que o setor de cursos de línguas cresça de 30% a 40%, em média, em cada um dos próximos quatro anos.
As franquias mais conhecidas do segmento já estão bem distribuídas nacionalmente. O CCAA e o CNA, por exemplo, contam cada um com mais de 700 unidades. A Fisk chegou a 863, enquanto a Wizard possui 1.163 unidades, segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF). “Quando se passa da marca de 700 escolas, como fizemos, chega-se a um momento de fortalecimento da rede”, diz José Carlos de Souza, diretor da área de expansão do CNA. Ele explica que conforme a quantidade de escolas presentes numa determinada região aumenta, o investimento necessário para novas unidades cai.
O franqueador afirma que somente em 2011 foram abertas 80 novas escolas da CNA. Ele explica que com a ascensão da chamada nova classe média e o crescimento econômico registrado no Brasil, regiões em que antes era inviável abrir escolas de idiomas se tornaram atraentes.
Com os preparativos para a recepção de estrangeiros na Copa do Mundo de 2014 espera-se que o setor de cursos de línguas cresça de 30% a 40%, em média, nos próximos quatro anos.
Fonte: Portal Terra (matéria editada)
Imagem: Google