Geração Y

25 de abril de 2012

Lívia Barbosa, antropóloga e diretora de pesquisa do Centro de Altos Estudos da ESPM, conta um pouco sobre o público jovem e sinaliza como as empresas podem inovar com consumidores desta faixa etária
 

Atuar junto aos formadores de opinião: O jovem, diferentemente do adulto, precisa do endosso de formadores de opiniões para suas atitudes. Nesse sentido, influenciar os formadores de opinião pode gerar um efeito positivo sobre o jovem.

Conectar-se com a juventude: Diferentemente do jovem americano ou europeu, o brasileiro tem pouco conhecimento sobre as empresas que produzem os produtos que consomem. No exterior, os jovens usam as informações sobre as empresas como critério de compra. Aqui, ainda não. Nesse sentido, diz Lívia, “a empresa que assumir uma posição pró-ativa e se ligar ao jovem, oferecendo informações sobre si, sai na frente”. Essa consciência que ainda está por vir abre uma lacuna para a atuação das empresas: ela pode conscientizar na formação crítica desses jovens.

Contatos imediatos: Para o jovem, falar em inovação é necessariamente falar em novas tecnologias. Para Lívia, tudo o que vier no sentido de interatividade, de oferecer uma superfície de contato para que a juventude se manifeste, sai na frente.

Atenção ao discurso: A nova geração está muito atenta ao que se fala. É uma geração transparente, que não se esconde nem pretende ser algo que não é. Por isso, prometer e não entregar não cola. Se o site da empresa estiver dizendo “o cliente sempre em primeiro lugar”, ele chegar ao estabelecimento e ler um cartaz “não efetuamos trocas aos sábados”, pega mal. Por que a compra pode ser feita em qualquer dia e a troca só no sábado?

Fun, fun, fun: Antes das roupas, antes das aparatos tecnológicos, é com lazer que os jovens gastam. Saídas à noite e viagens estão no top ranking de gastos da moçada.

Por Lorena Vicini
Imagem: Google