Terceiro setor é boa oportunidade para jovens profissionais

24 de maio de 2012

Trabalho em uma ONG pode ajudar muitas pessoas e melhorar o seu curriculum

Para quem se preocupa com causas sociais, trabalhar em uma ONG pode ser uma boa oportunidade

O terceiro setor, formado por organizações representativas da sociedade civil, como ONGs, é considerado a oitava força da economia mundial, e movimenta até 1,1 trilhão de dólares por ano.E quem pensa que o trabalho neste segmento se resume apenas ao voluntariado, se engana. Muitas organizações não-governamentais possuem estrutura para gerar vagas de emprego com remuneração interessante e oferecem aos profissionais a chance de traçar um bom plano de carreira.

Segundo o Conselho da Comunidade Solidária, existem em torno de 250 mil entidades doTerceiro Setor no Brasil, que empregam mais de 1,5 milhão de pessoas e contam com 12 milhões de voluntários. O setor vem crescendo no país desde a década de 1990, e se profissionalizando intensamente desde então. A exigência por bons profissionais é a mesma de qualquer empresa, já que, por se tratar de um segmento muito cobrado pela sociedade, existe grande preocupação com a qualidade do trabalho e com os resultados que serão entregues. Para quem deseja trabalhar no setor, o profissionalismo das entidades é um fator positivo; com trabalho de qualidade, aumenta a captação de recursos das entidades e, conseqüentemente, elas crescem e geram ainda mais novos empregos.

Para quem se preocupa com causas sociais, trabalhar em uma ONG pode ser uma oportunidade única de empregar o conhecimento acadêmico em prol de um mundo melhor. Além disso, o mercado empresarial em geral tem se preocupado cada vez mais com responsabilidade social, ou seja, fazer estágio em uma ONG pode ser um diferencial no currículo e abrir portas na hora de procurar emprego em uma empresa privada.

De acordo com pesquisas da John Hopkins University, de Baltimore, EUA, 34% dos trabalhadores de organizações do terceiro setor no mundo se dedicam às áreas de educação e pesquisa, 16,4% à saúde, 15,7% à cultura e 15,2 à assistência social. São números que provam que, para conseguir trabalho no terceiro setor, não é preciso ter formação ligada à área social. As organizações precisam de profissionais de todos os segmentos de atuação, de acordo com as necessidades dos projetos que realizam.

Quem já atua no terceiro setor ou deseja ingressar neste mercado pode aprimorar seu conhecimento em instituições especializadas no assunto, como o CEATS  (Centro de Empreendedorismo Social e Administração do Terceiro Setor), da Fundação Getúlio Vargas. O SENAC (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial), que oferece diversos cursos de formação direcionados ao terceiro setor.


Por Renata Cavalcante
Imagem: sarvodaya.org