Dívida média das famílias chega a R$ 5.540,86 em maio

13 de junho de 2012

Porém, caiu o número de brasileiros que afirmam não estar inadimplentes

A dívida média das famílias brasileiras caiu 0,10% na passagem de abril para maio e atingiu o valor de R$ 5.540,86 no último mês, informou o IEF (Índice de Expectativa das Famílias) divulgado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) nesta terça-feira (12).

Apesar de o saldo do endividamento ter sido menor do que em abril — R$ 5.591,27, o valor mais alto desde junho de 2011 —, o mês de maio teve diminuição na quantidade de famílias que afirmaram não ter nenhum endividamento. Foram 53,5% contra 54,6% em abril. Confira, no gráfico abaixo, a evolução da dívida média.

Apenas a região Norte apresentou aumento na taxa de famílias longe da inadimplência — 30,3% em maio ante 29,7% em abril. A porção menos endividada foi apurada no Centro-Oeste, onde 87,7% das famílias declararam não ter débitos. Os moradores da região Sudeste aparecem em seguida, com 65,4% das famílias longe do endividamento. Por fim, as contas em dia fazem parte da realidade de 47,7% das famílias da região Sul.

Empréstimos

Apesar dos recentes estímulos do governo federal e das instituições financeiras à concessão de crédito por meio da derrubada dos juros, continua alto o índice de famílias que não planejam contratar empréstimo ou financiamento para comprar algum bem nos próximos três meses. Em maio, 91,63% dos pesquisados pelo Ipea informaram não ter a intenção de comprometer o orçamento com crédito, valor pouco menos que os 92,89% apurados em abril.
Essa estabilidade no interesse foi verificada em todas as cinco regiões do País. A brecha maior para a contratação de empréstimo apareceu na região Nordeste, única localidade em que 10% das famílias não descartam uma ajuda financeira para fazer uma compra.

Já o menor interesse foi detectado na região Norte, onde apenas 1,33% dos pesquisados consideram tomar um empréstimo nos próximos três meses.

Otimismo

Segundo o IEF, os brasileiros mantiveram-se otimistas quanto à situação econômica do País em maio, mas o indicador registrado, de 67 pontos, repete o resultado de abril, o menor de 2012 até agora, o que aponta para uma tendência de recuo no otimismo. O valor de março, por exemplo, foi 0,7 pontos maior.

O IEF é uma pesquisa mensal que leva em conta dados coletados em 3.810 casas de 200 cidades brasileiras, de todos os Estados do País. Na metodologia da pesquisa, indicadores entre 60 e 80 pontos demonstram otimismo da família.

Situação financeira

O mês de maio apresentou alta no total de famílias que indicaram ter melhores condições financeiras hoje do que há um ano: 77,8% delas demonstraram superação, enquanto que em abril o índice era de 75,8%.

Mercado de trabalho

A expectativa quanto à manutenção do emprego também foi mais positiva em maio, quando 82,8% das famílias disseram acreditar na estabilidade do responsável pela casa; em abril, o índice era de 80%.

A segurança quanto aos demais membros da família continuarem empregados também aumentou na passagem de abril para maio, de 77,6% para 79% das famílias.

Evolução das dívidas maio Ipea

Fonte: R7