Economistas dos bancos preveem novo corte dos juros

10 de julho de 2012

Os economistas dos bancos mantiveram, na última semana, a aposta de que a taxa básica de juros da economia brasileira, definida pelo Banco Central, será reduzida em 0,5 ponto percentual nesta semana, de 8,5% para 8% ao ano. Expectativa do mercado é de que este não será o último corte de juros do ano; previsão é de nova redução em agosto, a 7,5% ao ano

A informação consta no relatório de mercado, divulgado pela autoridade monetária ontem, também conhecido como Focus.
A decisão sobre a taxa básica de juros será anunciada na próxima quarta-feira (11), após o fechamento do mercado doméstico. A reunião começa nesta terça-feira.

O Banco Central vem reduzindo os juros desde agosto do ano passado. Ao todo, foram sete cortes consecutivos na taxa básica da economia, até o momento, com o objetivo de estimular a economia brasileira – que sofre os efeitos da crise financeira internacional.

A expectativa do mercado financeiro é de que este não será o último corte de juros deste ano. A previsão dos analistas é de uma nova redução em agosto, para 7,5% ao ano – patamar no qual os juros terminariam 2012. Para o fim de 2013, por sua vez, a previsão caiu de 9% para 8,5% ao ano.

Mercado prevê PIB menor – Sobre o resultado do PIB  (Produto Interno Bruto) no ano, o levantamento feito pelo Banco Central com o mercado financeiro mostra nova redução – a nona seguida. De acordo com a autoridade monetária, a estimativa dos analistas das instituições financeiras para o crescimento do PIB de 2012 recuou de 2,05% para 2,01% na última semana.

Estimativa dos analistas das instituições financeiras para o crescimento do PIB de 2012 recuou de 2,05% para 2,01% Se confirmado, será o pior resultado desde 2009, quando o país sentia os efeitos da primeira etapa da crise financeira internacional. Naquela ocasião, o PIB registrou retração de 0,6%. Para 2013, a previsão do mercado para o crescimento da economia permaneceu estável em 4,20%.

Com a crise financeira internacional, os analistas dos bancos têm reduzido, sistematicamente, suas previsões para a inflação e para o crescimento da economia brasileira neste ano. Na semana passada, a estimativa dos analistas do mercado para o IPCA deste ano, que serve de referência para o sistema de metas de inflação do governo, passou de 4,93% para 4,85% – valor mais próximo da meta central de 4,5%.
Para 2013, a estimativa foi mantida em 5,5%. Pelo sistema de metas de inflação, que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas, tendo por base o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Fonte: Tribuna da Bahia