Aparência é fundamental para o sucesso profissional; veja como não errar ao se vestir

13 de julho de 2012
“A atenção que damos à roupa representa nossa dedicação ao trabalho”, diz a consultora Cristina Zanetti

Causar uma boa impressão no ambiente de trabalho pode ser o diferencial para conquistar um novo cliente, uma promoção ou uma nova colocação. A consultora de Recursos Humanos Débora Goulart explica que um profissional que sabe se vestir bem em diferentes ocasiões é sempre lembrado e bem recomendado. “Quando você vê uma pessoa alinhada e estilosa, a imagem que se fixa na memória é positiva”, diz.

CASUAL DAY

Segundo a consultora de imagem Bia Kawasaki, as pessoas confundem conforto com desleixo. “É ‘casual day’, e não ‘churrasco day’ ou ‘ninguém paga as minhas contas day'”, brinca.

Nesse dia, em que as pessoas se vestem mais à vontade para ir trabalhar, o erro típico feminino é exagerar, como se estivesse indo a uma festa à noite.

“É importante mostrar toda a qualidade do seu currículo. Se você se formou, fez mestrado, tem experiência, é importante exibir isso na maneira como se veste. E isso vale para os dias descontraídos na empresa”, diz.

A consultora afirma que competência e compromisso ainda são os melhores trunfos de um profissional, mas a roupa pode dar um impulso. “Se eu tenho dois candidatos para uma vaga e ambos me apresentam resultados, formação e perfis parecidos, mas um deles está sempre bem vestido e o outro não, escolho o que se apresenta melhor”.

O principal elemento para não errar no visual é conhecer a empresa onde você trabalha, quer trabalhar ou fará uma reunião importante. Se um candidato vai para uma entrevista em uma agência de publicidade de terno, provavelmente, passará as mensagens erradas. “É preciso pesquisar para saber como se arrumar. Em uma empresa jovem, como um site, vale ousar; em um banco, um terno é obrigatório”, diz Débora.

A atenção que damos à roupa representa nossa dedicação ao trabalho, segundo Cristina Zanetti, consultora de estilo pessoal. “Uma pessoa que chega com om cabelo desgrenhado e a roupa amassada passa a impressão de que não se importa nem um pouco com o trabalho. Foi de qualquer jeito. Já a que está arrumada mostra que tem cuidado, se preocupa.

Afinal, o que vestir?
Nem os consultores de estilo conseguem entrar em consenso para definir o que vestir, pois cada profissão tem suas particularidades. A maioria, porém, torce o nariz para jeans, camiseta e tênis. Mas há lugares onde esse visual é bem aceito e seria impossível mudar tal hábito –como sugerir que jornalistas parem de usar jeans, por exemplo.

Como é difícil estabelecer uma regra que oriente todos os trabalhadores, o UOL Comportamento fez uma seleção das melhores dicas das consultoras de estilo Daniella Passaretti e Cristina Zanetti e da consultora de imagem Bia Kawasaki. Veja abaixo boas apostas e gafes comuns, além de exemplos básicos para quem não quer errar. As ilustrações foram feitas baseadas nas sugestões de Cristina Zanetti:

  • Edson Lovatto/UOL

–  Qualquer roupa com apelo sensual está proibida, independentemente da empresa. Portanto, não use grandes decotes, transparências, sutiã aparecendo, saia curta, roupas justas ou que exibam pele demais. O decote deve estar na linha da axila. Saias podem ter até quatro dedos acima dos joelhos, embora cobri-los seja o mais adequado.

– A mulher pode ousar nos acessórios. Até se estiver vestida formalmente: um tailleur em tom sóbrio ficará mais bonito aliado a um lenço colorido no pescoço. Aliás, ele é muito bem-vindo nesses casos, pois faz as vezes da gravata do visual formal masculino. Porém, muito cuidado com acessórios mais adequados para sair à noite, como brincos longos, barulhentos ou os hippies. Para não errar, o melhor é optar por brincos pequenos ou médios. Evite, também, misturar tons dourados ou prateados –pode ficar bom, mas as chances de errar são muitas.
– Os sapatos ideais são os fechados. Mas não estão proibidos os que mostram um pouco dos dedos, principalmente em ambientes informais. Ainda assim, evite, em qualquer ocasião, deixar o pé muito exposto, com sandálias de tiras fininhas, por exemplo. Se a roupa for discreta, mesmo em ambientes sérios, é possível usar sapatos mais chamativos, desde que não sejam grosseiros e destoem do visual. Um scarpin cor de berinjela não deixaria terninho cinza algum menos elegante.
– Cuidado com os exageros. Pega mal ir trabalhar com unhas decoradas ou pintadas com esmaltes muito fortes, maquiagens muito pesadas (adequadas para sair à noite) ou perfumes muito marcantes.

– Ainda que a maioria dos consultores de estilo não indique o jeans, caso você vá usar, evite os que têm lavagens (processo que deixa o tecido de diferentes tons). Opte pelo azul escuro, mais elegante e adequado para o ambiente profissional. Dê preferência para as blusas e camisas de tecidos planos (os que não esticam), que deixam qualquer pessoa mais alinhada.
– Peças com aspecto de desleixo também causam uma imagem ruim, como sapatos mal engraxados, roupas desbotadas, descosturadas, com botões caindo, mal passadas ou sujas. O mesmo vale para os cabelos. Mantenha o corte e a tintura em dia.

 

Por Daniel Ribeiro
Do UOL, em São Paulo