Poupança ganha da maioria dos fundos de mercado

13 de julho de 2012

Mesmo com a tributação alterada, a poupança deve seguir como um investimento mais vantajoso do que os fundos de renda fixa. O consenso entre os especialistas é que a aplicação deve bater pelo menos os fundos com taxa de administração superior a 1%, que é a maioria.

A poupança, com a nova queda da Selic, terá um rendimento de 5,6% ao ano, mais a Taxa Referencial (TR), que deve ser praticamente zero. “O cenário não muda. A maior probabilidade é de que os fundos que cobrarem 1% ou mais de taxa de administração deverão empatar ou perder com a poupança”, afirma o economista José Dutra Vieira Sobrinho.

Desde maio, quando a Selic caiu para 8,50% ao ano, a rentabilidade dos depósitos realizados na poupança passou a ter como referência 70% da Selic mais a TR. Os depósitos anteriores continuam com a regra antiga da poupança: 0,5% ao mês mais a TR.

No cálculo de Dutra, até uma aplicação num fundo de renda fixa com prazo superior a dois anos – ou seja, com 15% de incidência de Imposto de Renda -, mas com taxa de administração de 1% vai render menos do que na poupança. “Como a grande maioria dos fundos tem uma taxa de administração superior a 1%, praticamente todos os aplicadores em fundos vão perder”, afirma o economista. “Quem tem dinheiro na poupança antiga não deve mexer”, recomenda.

Dados do Banco Central mostram que os depósitos da nova caderneta renderam, em média, 0,4923% ao mês. Os depósitos antigos tiveram rendimento de 0,5095% ao mês. Em uma aplicação de R$ 1 mil, a diferença seria de R$ 0,17 no mês.

Com a redução da taxa de juros ontem, a rentabilidade da nova poupança cairá para 0,4551% ao mês. A principal vantagem da poupança é que ela não tem incidência de IR e taxa de administração. “A poupança vai ser o melhor investimento financeiro. É uma aplicação segura e sem risco”, diz Miguel de Oliveira, vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).

Fonte: Tribuna da Bahia