Juro para pessoa física tem nova baixa

27 de julho de 2012

A taxa média de juros cobrada nas operações de crédito para as pessoas físicas bateu novo recorde de baixa em junho, a 36,5% ao ano, segundo dados divulgados ontem pelo Banco Central. É o menor patamar da série histórica do BC, que tem início em julho de 1994. Em maio, a taxa média cobrada das pessoas físicas ficara em 38,8%. Em 12 meses, a queda na taxa média cobrada foi de 9,6 pontos percentuais.

Segundo o BC, a queda na taxa de financiamentos para veículos foi destaque no mês, recuando de 23,4% a.a. em maio para 20,7% no mês passado. A taxa do cheque especial também recuou no mês, passando de 169,5% para 167,1% ao ano. Já no crédito pessoal a taxa passou de 41,4% para 36,9%.

Nos créditos a empresas, a taxa média decresceu para 23,8%, a taxa mais baixa desde dezembro de 2007. A taxa média de juros das modalidades que compõem o crédito referencial  – pessoas física e jurídica – atingiu 31,1% a.a. em junho, marcando quedas  de 1,8 ponto percentual no mês e 8,4 p.p. em doze meses.

No mesmo sentido, o chamado spread bancário (que é a diferença entre a taxa de captação dos bancos e os juros cobrados dos tomadores finais do crédito) apresentou quedas de 1,5 p.p. no mês e 4,1 p.p. em doze meses, situando-se em 23,2 pontos percentuais.

Volume de crédito – O Banco Central aponta que, em junho, as operações de crédito do sistema financeiro mantiveram ritmo de expansão similar ao observado no mês anterior, “em linha com o desempenho moderado da atividade econômica”.

O volume de crédito oferecido pelos bancos, computadas as operações com recursos livres e direcionados, atingiu R$ 2,167 trilhões em junho – um novo recorde histórico. O valor representa uma alta de 1,5% na comparação com o mês anterior, e expansões de 6,8% no semestre e 17,9% em doze meses. A elevação da oferta de crédito, no entanto, veio dos bancos públicos.

Fonte: Tribuna da Bahia