A expansão do mercado de casamentos

2 de agosto de 2012

Oportunidades no mercado brasileiro de serviços para casamentos, que vai movimentar quase 15 bilhões de reais em 2012 – e as histórias de quem já está ganhando com isso

Renato Aguiar, dono da Renato Aguiar Casamentos                                Foto de Daniela Toviansky

São Paulo – Organizar um casamento nos dias de hoje pode ser quase tão complicado quanto encontrar a pessoa ideal. De acordo com a Abrafesta, entidade que reúne as empresas de serviços para eventos, 85% dos noivos acham muito complicado organizar a cerimônia e a comemoração. É difícil encontrar um bom lugar para a festa.

É difícil achar bufês de qualidade. É difícil encontrar decoradores que caibam no orçamento. E, acima de tudo, é difícil ter tempo para cuidar de tantos detalhes. “A carência de bons fornecedores de casamentos é uma oportunidade para as pequenas e médias empresas”, diz Vera Simão, presidente da Abrafesta.

O número de casamentos está aumentando no Brasil – foi 1 milhão no ano passado, 30% mais do que em 2003. O mercado de serviços para as cerimônias e festas também cresceu. Neste ano deverão ser movimentados 14,8 bilhões de reais – o dobro de dez anos atrás. Há motivos para acreditar que a corrida para o altar não terminará tão já. Eis alguns:

•  De acordo com o IBGE, há 34 milhões de solteiros no Brasil entre 20 e 40 anos. Eles nasceram nas décadas de 70 e 80 e formam a maior geração de todos os tempos. Cerca de 40% deles – 14 milhões de pessoas – querem casar nos próximos dois anos. Se apenas a metade concretizar o desejo, o resultado será algo em torno de 70 milhões de reais movimentados, em média, por dia.

•  Quanto mais alto o poder aquisitivo de uma camada da população, maior é a proporção de casamentos. Por enquanto, na classe C há 40%  de pessoas casadas. Na classe E, apenas um terço. “Como a renda está crescendo, o potencial é enorme”, afirma José Luiz de Carvalho César, organizador da Expo Noivas & Festas, uma das maiores feiras desse setor.

•  Crédito mais fácil e menos desemprego facilitaram a compra do primeiro imóvel. Na construtora Tecnisa, os jovens casais compram 45% dos lançamentos — cinco anos atrás eram 20%.  “Eles estão mais confiantes de que poderão pagar as prestações e montar a nova casa”, diz Romeo Busarello, diretor de marketing da Tecnisa.

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Por Leo Branco, da