A expansão da oferta de crédito facilita na hora de adquirir produtos necessários, mas também tem seu lado negativo: os consumidores podem extrapolar o orçamento e não conseguir quitar suas dívidas.
No Brasil, o endividamento é crescente. O percentual das famílias com dívidas chegou a 57,6% em julho, maior do que no mês anterior (57,3%), de acordo com a Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
A pesquisa considera como dívida cheque pré-datado, cartão de crédito, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguros.
Crédito e atraso no pagamento resultam em juros, o que pode transformar uma pequena dívida ou uma compra resultante de um momento de compulsão em uma bola de neve.
Pensando em orientar quem tem dívidas e dificuldade de pagá-las, o Procon elaborou uma série de dicas para evitar o superendividamento e estimular o autocontrole na hora das compras:
– Não compre por impulso. Gaste apenas o planejado.
– Não se engane sobre sua real situação financeira somando ao seu salário os limites do cartão de crédito, cheque especial, etc.
– Nunca gaste contando com oportunidades de ganhos futuros, ainda não confirmados.
– Evite parcelar ou financiar sempre que puder esperar para comprar à vista.
– Cultive o hábito de poupar, dessa forma será possível efetuar compras à vista e evitar o pagamento de juros.
– No planejamento de seus gastos, priorize as despesas básicas e reserve parte de seu salário para as situações de emergência.
– Não faça novos empréstimos para quitar as dívidas atuais, a menos que os juros sejam mais vantajosos.
– Pague sempre o valor total da fatura do cartão de crédito, pois pagamentos inferiores, como o pagamento mínimo, acarretarão a cobrança de altos jutos sobre o restante.
– Identifique e corte despesas desnecessárias. Não consuma pensando em status ou aparência, pois dessa forma poderá desestruturar seu orçamento.
– Lembre-se que se fizer muitas compras em prestações, carnês, cartão de crédito, não sobrará dinheiro para o essencial.
– Ao financiar, leia, entenda e avalie o compromisso que está assumindo. Infome-se sobre o Custo Efetivo Total (CET) do empréstimo e compare com as oferttas das lojas concorrentes.
– Tenha controle de seu orçamento, anotando tanto as despesas essenciais quanto as pequenas despesas diárias.
– Evite fazer financiamentos ou empréstimos a longo prazo, a menos que seja muito necessário, pois além da incidência maior de juros, quanto maior o prazo, maior o risco de inadimplência.
– Elabore o orçamento doméstico e decida sobre novas dívidas juntamente com sua família.
– Não confunda necessidade de consumo com desejo de comprar.
Fonte: Tribuna da Bahia – Economia