Guardar moedas em casa por muito tempo pode prejudicar o comércio

9 de agosto de 2012

Quase 30% das moedas brasileiras estão fora de circulação no país

O dinheiro trocado faz muita falta, principalmente, no comércio. “As moedas acaba em um dia. Ninguém traz moeda. Eles dizem que tem, mas deixam em casa ou esquecem em uma bolsinha”, relata a comerciante Angelica Batista.

Robson Rodrigues, dono de uma barraquinha do salgado, enche o bolso de moeda e guarda um estoque, separado em sacolas. “Hoje eu tenho, mas certeza que para outros faltam. Tem amigos que vêm pedir emprestado ou para trocar. É uma falta de moeda muito grande”, afirma.

Geralmente, a moeda do troco vai para o cliente, mas não volta. “Eu perco, coloco no bolso e quando estou andando com pressa elas caem, coloco na bolsa e depois não acho mais”, diz a dona de casa Joseane Vieira.

Quem não perde as moedas, gosta de guardá-las. A alegria dos netos da dona de casa Sandra Fachinetti é encher o cofre, que só vai aberto no dia das crianças. “É para comprar presente e já tem cerca de R$ 400, porque tem dois anos que a gente não abre”, conta.

Se o Banco Central quisesse emitir todos os mais de R$ 500 milhões de moedas que deixaram de circular, o Brasil teria que gastar mais de R$ 1 bilhão para produzi-las. “Guardar dinheiro é bom, mas chega uma hora que tem que abrir o cofrinho, caso contrário, vai faltar pra todo mundo, principalmente no comércio”, alerta Jorge Eloy, da Associação dos Representantes de Bancos.

O Banco Central também pesquisou a durabilidade do dinheiro de papel. As notas de menor valor, de R$ 2, R$ 5, R$ 10 e R$ 20, acabam em pouco mais de um ano. Já as notas mais valiosas duram três anos. A explicação é que elas circulam menos.

Assista a matéria do Jornal Hoje aqui. 

Fonte: G1 – Jornal Hoje