Por que estimular o empreendedorismo nas escolas, desde cedo, pode ajudar o país a prosperar e tornar as pessoas mais felizes

Eles acabaram de sobreviver a um naufrágio. Agora, estão perdidos em uma ilha deserta, expostos ao frio e a animais perigosos. Para sobreviver e conseguir voltar para casa, terão que construir uma cabana segura e um barco resistente, e traçar uma estratégia de fuga. Os tripulantes naufragados têm entre nove e dez anos. Usarão latinhas de alumínio para criar o abrigo e palitinhos de madeira para dar forma à embarcação. Eles não sabem, mas estão aprendendo a empreender.
A atividade descrita acima faz parte das oficinas extracurriculares promovidas em colégios públicos e particulares do Rio de Janeiro pela Escola de Empreendedorismo Zeltzer. “A criança aprende a elaborar soluções criativas e, ao mesmo tempo, compatíveis com problemas reais”, afirma Carla Zeltzer, proprietária da Zeltzer, sobre a metodologia usada, hoje, em 20 instituições de ensino. Formada em Ciência da Computação, Carla teve a ideia de abrir a empresa enquanto procurava colégio para matricular a filha. “Não encontrava um ambiente onde ela pudesse desenvolver suas habilidades ao máximo e ser mais bem preparada para a vida.”
Foram três anos de pesquisa até abrir a escola, em 2005. Por meio de situações-problema, brincadeiras e jogos vocacionais, os alunos, a partir dos nove anos, são estimulados a desenvolver criatividade, organização, trabalho em grupo e planejamento – habilidades necessárias a todo empreendedor. As avaliações são individuais e em grupo. E nada de notas, mas cores (verde, amarelo e vermelho) que indicam os pontos positivos e aquilo que pode ser melhorado. “Não existe certo ou errado.”
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Por: Nathália Prates, Gustavo Campoy, pedro Schimidt e Renato Tanigawa/http://revistaepoca.globo.com