O que os contos de fada têm a ver com o seu bolso

13 de agosto de 2012

Consultor financeiro lança livro com conceitos básicos de finanças para mulheres

Assim como Fera aparentava o que não era, nem sempre quem parece ter dinheiro o tem

São Paulo – Foi lançado neste sábado o livro “Eu mereço ter dinheiro – Como ser feliz para sempre na vida financeira”, do consultor financeiro Reinaldo Domingos. O livro é dividido em 10 capítulos que evocam personagens de contos de fadas para introduzir conceitos básicos de planejamento financeiro para mulheres. O autor cita, por exemplo, a Bela Adormecida para dizer que as mulheres não podem “dormir em vida” e devem fazer uma avaliação de suas finanças ou a Chapeuzinho Vermelho para dizer que as decisões financeiras não podem ser influenciáveis.

Veja a seguir quais são os 10 passos financeiros abordados no livro e quais são os contos de fadas associados a cada um deles.

1º passo: Despertar – Bela Adormecida

Neste passo, o autor afirma que a mulher não pode ser “acomodada” como a Bela Adormecida e deve “acordar” para fazer um trabalho de reavaliação sobre o seu passado e sobre os seus objetivos para tomar as rédeas de sua vida financeira. “Ela tem que olhar mais do que enxergar, fazer mais por ela do que fazia até então, e trabalhar o psicológico para não ficar na mesmice. Ela deve olhar que já conquistou muita coisa, não pode abdicar do presente, porque ela tem que viver bem, mas deve olhar para o futuro, porque este é o grande segredo da autonomia financeira”, explica o autor.

2º passo: Merecer – Cachinhos Dourados

No conto da Cachinhos Dourados, a personagem muito curiosa invade a casa de uma família de ursos e leva um susto quando eles chegam. Depois de passar um apuro, ela foge e aprende que não deve entrar onde não é convidada. A analogia que Domingos faz com o conto é que as mulheres não devem ser movidas por impulso. “As pessoas compram o que não precisariam comprar e não olham além dos pequenos desejos. Elas devem olhar os maiores desejos e como realizá-los e listar o sonhos de curto prazo, até um ano, médio prazo, acima de 10 anos, e longo prazo, para a aposentadoria, porque assim ela vai merecer os resultados e não vai viver do imediatismo”, explica.

3º passo: Diferenciar – A pequena vendedora de fósforos

Em meio a um frio congelante, a pequena vendedora resolve acender os fósforos que não havia conseguido vender para esquentar as mãos. A cada vez que riscava os fósforos, apareciam imagens de sua avó que havia morrido, então ela risca todos os palitos para continuar com a visão da avó e acaba morrendo de frio. “Eu busco mostrar a diferença entre sonho e delírio. O sonho é um objetivo de vida e o delírio é falso e nos abate. É importante que a pessoa tenha consciência do delírio e comece efetivamente a sonhar para ter realizações”, diz o autor. Uma vez entendida esta diferença, a mulher passaria a evitar as compras por impulso, que seriam os “delírios” e passaria a focar naquilo que ela sempre “sonhou”, ou seja, no que ela já havia planejado, segundo Domingos.

4º passo: Cortar – A Pequena Sereia

A dolorosa decisão da Pequena Sereia de abandonar a vida no mar para viver com seu príncipe é o gancho que o consultor financeiro usa para falar sobre como realizar um corte de gastos no orçamento. “A Pequena Sereia corta a cauda dela porque tinha um objetivo, mas não cortou sua essência. Não adianta a mulher cortar, por exemplo, o cabelereiro se isso é muito importante para ela. Ela não vai conseguir ter força para mudar o seu modo de administrar as finanças se ela cortar os gastos que para ela são essenciais. Ela tem que cortar o que não fará tanta diferença”, esclarece Domingos.

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Por Priscila Yazbek, de