10 passos para melhorar seu orçamento

17 de agosto de 2012

Serviços como telefonia, internet, TV por assinatura e pessoais estão cada vez mais caros, mas segundo especialistas basta mudar o hábito para não pagar muito

A inflação oficial do País, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indica preços ainda controlados, com alta de 5,2% em 12 meses. O grupo de serviços, porém, continua a pesar no bolso dos consumidores. Segundo especialistas, economizar nesses itens pode ser mais fácil do que se pensa: basta adquirir novos hábitos.

“É uma questão de atitude, de mudança de postura. O consumidor tem de pensar que ganhar dinheiro dá trabalho. Então é preciso valorizá-lo”, resume o professor da Fipecafi, Silvio Paixão. “Os serviços estão muito caros, nunca se pagou tanto em telefonia”, diz.

A má notícia é que o cenário de preços altos não deve mudar no curto prazo. “Enquanto a mobilidade social estiver intensa, com novos consumidores ascendendo socialmente e passando a adquirir novos serviços, o setor será impactado, pressionando a inflação”, diz o professor de economia e finanças do Insper, Otto Nogami.

De dicas simples, como pesquisa de preços, a mais sofisticadas, como fazer a conta anual de gastos, os especialistas dão dicas de como começar a economizar nessa área.

– Gastos anuais. Para ter uma dimensão melhor para onde está indo seu dinheiro, recomenda-se que os gastos sejam vistos não em uma planilha mensal, mas anual. O tamanho da conta anual assusta e geralmente força uma mudança de hábito em alguns serviços.

– Detalhe a conta. Segundo os especialistas, muitas vezes a pessoa paga por algo que ela não utiliza, como serviços de identificação de chamada, entre outros. A dica é simples: no fim do mês veja todo o detalhamento da conta e o que está de fato utilizado.

– Conheça seu contrato. Além de verificar se está utilizando tudo o que o serviço oferece, é preciso verificar os limites, como o máximo de internet ou minutos do pacote. Passar esse número permitido, segundo economistas, é muito comum, o que acaba encarecendo a conta.

– Conta de telefone mais barata. Se realmente utilizar muito o celular no dia a dia, é recomendada a compra de um aparelho com dois chips. “Faça pacotes econômicos nas operadoras e, na hora de ligar, escolha qual delas utilizar”, diz Paixão, da Fipecafi.

– Reavalie constantemente os pacotes. No caso de TVs por assinatura e combos de internet, as operadoras periodicamente mudam os pacotes oferecidos ao consumidor. A sugestão é adquirir o hábito de ver as novas promoções e avaliar se a troca de pacote vale a pena.

– “Você tem necessidade mesmo daquilo?”, pergunta Paixão, da Fipecafi. Ele diz que é preciso ter a consciência de que tudo é cobrado. Assim, avalie por exemplo a necessidade de tirar tantos extratos bancários mensalmente.

– Pesquise preços. A dica básica dada em finanças também vale aqui, principalmente se o serviço não for algo pessoal, como um cabeleireiro ou manicure, em que a preferência e gosto pesam. Em mecânicos e passagens aéreas, por exemplo, vale a pesquisa.

– Não se empolgue nas compras. Ao oferecer 10 horas de internet ilimitada ou alguns minutos de graça, operadoras acabam fisgando o consumidor mais impulsivo. “É preciso fazer uma análise retrospectiva de consumo para calcular quanto ele utiliza antes de adquirir qualquer pacote”, sugere Nogami, do Insper.

– Estudar também é caro. A inflação de cursos regulares subiu 2,91% em julho. Não perca tempo. Quase sempre escolas e faculdades oferecem descontos, caso haja algum parente também matriculado. Se você estuda com alguém da família, procure seus direitos.

– Táxi X Carro. Apesar de em grandes cidades do Brasil o táxi ser caro, talvez compense trocar o carro próprio pelo serviço, se o consumidor morar perto do trabalho e da faculdade. “Andar de carro próprio, além de ser um hábito que prejudica a saúde, custa no mínimo R$ 15 mil por ano, entre manutenção, seguro, etc”, diz Paixão.

Fonte: Estadão – Economia&Negócios
Imagem: JF Diório/ AE