Governo prorroga redução do IPI para carros e eletrodomésticos

30 de agosto de 2012

O desconto para eletrodomésticos da linha branca foi prorrogado até 31 de dezembro

A previsão era que a redução do IPI-Imposto sobre Produtos Industrializados de carros e eletrodomésticos terminasse nessa sexta-feira (31/8). A medida tenta estimular a economia, diante do agravamento da crise econômica global.

O anúncio foi feito na quarta-feira (29) pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.

O desconto para carros foi prorrogado por mais dois meses e vai até 31 de outubro deste ano. O governo prevê deixar de arrecadar R$ 800 milhões em impostos nesses dois meses.

O desconto para eletrodomésticos da linha branca foi prorrogado até 31 de dezembro deste ano. Com isso, o governo deve deixar de arrecadar R$ 361 milhões (entre setembro e dezembro).

A isenção para móveis, painéis e laminados, que iria até setrembro, também foi prolongada até 31 de dezembro. A arrecadação deve ser R$ 371 milhões menor no período, segundo Mantega.

O desconto de IPI para material de construção vai até o fim de 2013. A perda de arrecadação estimada é de R$ 1,8 bilhão.

O governo também zerou o imposto da maioria dos bens de capital (máquinas industriais que produzem os objetos de consumo da população) até o fim de 2013.

O Programa de Sustentação do Investimento (PSI) do BNDES (Banco Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) foi prorrogado até o final do ano, e as taxas de juros cobradas nos financiamentos para a aquisição de bens de capital e caminhões foi reduzida de 5,5% para 2,5% ao ano

No total, o governo prevê que vai deixar de arrecadar em impostos R$ 5,5 bilhões neste ano e no próximo.

Segundo Mantega, isso não deve comprometer a meta de superavit primário (economia do governo para pagar juros da dívida).

Corte de impostos de carros era válido por 3 meses

O corte original de IPI dos carros havia sido anunciado em maio pelo governo e tinha previsão de durar três meses, até 31 de agosto. O IPI dos carros nacionais 1.0 caiu de 7% para zero. No caso de carros maiores, a redução foi menor, dependendo do combustível e da procedência (carro nacional ou importado).

Em contrapartida, as fábricas de carros se comprometeram a não demitir funcionários. Com a redução do IPI, o governo previa deixar de arrecadar R$ 1,2 bilhão nos três meses iniciais da isenção (de maio a agosto).

O corte de IPI varia conforme a situação do carro, nacional ou importado, conforme o novo regime automotivo. Esse regime estabelece vantagens para veículos produzidos no país ou que usem mais peças nacionais.

Fonte: Tribuna da Bahia