Consumidores de classe média são os que mais compram roupas

3 de setembro de 2012

Os consumidores das classes B1, B2 e C são os que mais consomem roupas no varejo brasileiro, com 79,3%. Enquanto os consumidores com poder de compra A1 e A2 foram responsáveis por 14,9% do consumo de vestuário em 2011. Só as classes B1 e B2 são responsáveis por 45,5% das peças de vestuário consumidas no País.

A pesquisa realizada pelo IEMI Inteligência de Mercados, em parceria com a ABVTEX (Associação Brasileira no Varejo Têxtil) também revelou que as lojas de departamento não especializadas – lojas de grande superfície, cujo foco de vendas não se restringe ao vestuário – buscam principalmente os consumidores pertencentes às classes B1 e B2, que correspondem a 42,9% dos gastos realizados dentro do canal e C, equivalente 39,4% do consumo dentro do canal.

Lojas
O levantamento mostrou que as lojas independentes – butiques e lojas de bairro – são o principal canal de vendas de artigos de vestuários no Brasil, representando 37,8% do total de peças comercializados pelo varejo no ano passado. No entanto, este foi o canal que menos cresceu, em peças, entre o período analisado (7,3%). O fraco desempenho dessas lojas reduziu a participação deste canal de 43,8% em 2007 para 37,8% em 2011.
As lojas de departamento especializado – lojas com foco em moeda e redes de grande superfície – cresceram 36% nos últimos anos, pois apostaram em marcas próprias e produtos licenciados, em novos formatos de loja, expansão regional, busca de identidade, novidades, variedades, serviço de crédito e cartão fidelidade.

O departamento não especializado é o canal que vem apresentando o melhor desempenho nos últimos anos, com aumento de 54% no período, contra 24% para o varejo total.

Faturamento
Entre os anos de 2007 e 2011, o consumo de roupas no varejo brasileiro cresceu 24,2%, sendo que 90,7% foram provenientes da produção nacional. O varejo de vestuário movimentou, no ano passado, R$ 149,9 bilhões.
Dados da pesquisa revelaram que as 138 mil lojas de roupas do País são responsáveis por 83,6% dos volumes escoados por todo o mercado. Enquanto, 2,5 mil lojas não especializadas em vestuário são responsáveis por 16,4% dos volumes.
As expectativas das vendas para 2012 são de um acréscimo de 3,4% em peças, equivalente a um crescimento de 7,0% em reais.

Fonte: InfoMoney Pessoal