Demissão – Como lidar com esse momento difícil

17 de setembro de 2012

Acontece na vida profissional de qualquer um. Às vezes o profissional não se encaixa na empresa ou no cargo para o qual foi contratado, e vem a tão temida demissão. Após a demissão, a maioria das pessoas perde o chão e, muitas vezes, a única fonte de sobrevivência. Nesse momento, o profissional se sente desacreditado e muito desanimado para prosseguir. Talvez seja exatamente por esse motivo, que eles acabam se distanciando de uma nova colocação.

O administrador João Carlos Borges, especialista em RH, explica que, para aqueles que buscam aumentar a sua empregabilidade (conjunto de qualificações desejadas pelo mercado de trabalho), após uma demissão, devem deixar de lado pensamentos e atitudes como desespero, revolta ou aquela coisa de suportar a situação, conformar-se com o que lhe aconteceu ou acomodar-se, pensando que essa é a sua sina.

“Pensar constantemente que é um ‘desempregado’ leva a pessoa a acreditar que nada mudará e permanecerá desempregada para sempre, principalmente quando acompanha os noticiários alarmantes sobre a falta de emprego no País e no mundo. E isso traz desespero a qualquer um que permanece com esse pensamento. O importante é pensar que é ‘um trabalhador’ e que, no momento, está sem uma ocupação”, diz João.

De acordo com o especialista, esse tempo vivenciado durante a demissão deve ser encarado como um momento de redefinição, adequação, crescimento, amadurecimento, tempo de dar novo sentido à vida profissional, estabelecer novos desafios, viver um processo de mudança e valorizar o discernimento permanente.

“A pessoa precisa transformar essa falta de ocupação e espera em um tempo de transição da desolação (demissão) para a consolação (recolocação no mercado). Enxergar como preparação para algo que está por vir e estar disposta a conquistar algo novo”, explica.

Para João, a pessoa precisa encarar que, muitas vezes, a demissão pode ser aquela ‘combinação de fatores’ que lhe darão forças para enfrentar qualquer situação adversa, da qual sairá mais forte. “Trata-se de um processo de mudança, em que a pessoa precisará se tornar resiliente, isto é, assumir nesse momento suas emoções, fortalecer o espírito com bons pensamentos e atitudes, buscando equilíbrio junto aos familiares e amigos e superando as decepções vivenciadas”.

“É preciso compreender que esse tempo de dificuldades, quando bem administrado, torna-se a condição essencial para encarar futuras oportunidades. Viver tudo isso servirá para conquistar um novo crescimento e amadurecimento e então ter condições de visualizar o melhor caminho a seguir”, conclui João Carlos, dando algumas dicas para passar esse momento de transição:

• Mude o seu foco
É preciso parar de olhar para o que perdeu e buscar o equilíbrio emocional. Resgatar o respeito por si mesmo, ter paciência, valorizar-se, enxergar com bom humor esse momento difícil e pensar constantemente nos sonhos, nos diferenciais, nos talentos e no novo trabalho que irá buscar. Isso trará um novo foco e ajudará a ter um objetivo certo para ter sucesso na vida profissional.

• Compreenda a demissão
Buscar os motivos da demissão junto ao empregador, supervisor, área de R.H, colegas de trabalho etc. é uma autopercepção que trará entendimento sobre os erros e omissões cometidas. Essa compreensão ajudará a pessoa a se policiar em corrigi-los e amadurecer para o próximo trabalho.

• Lições e aprendizados
Focar o autodesenvolvimento, buscando todas as informações possíveis que provoquem um aprendizado e superação das falhas cometidas. Também é oportuno se interessar pelas expectativas do empregador e do atual mercado de trabalho e aprender a enfrentar com naturalidade os processos de mudança.

• Iniciativa
O último passo é o autogerenciamento das etapas anteriores e partir para ações vencedoras. Como buscar ajuda de pessoas que estejam trabalhando (pois isto colocará o profissional mais próximo às oportunidades de vagas preenchidas por indicação); ouvir ou ler sobre empregabilidade e novas oportunidades de emprego; participar de cursos de capacitação profissional; retornar aos estudos de formação técnica e acadêmica; fortalecer a autoestima; consultar a opinião de um especialista no assunto e dar um novo significado ao trabalho, tirando o foco do salário no final do mês, e sim,desejar trabalhar pela realização pessoal.

Por Rita Palladino/ Press & Mídia