Três em cada quatro empresas brasileiras são familiares. É que no início de um empreendimento é comum os empreendedores pedirem ajuda dos parentes mais próximos. O contrário também é comum: familiares sem emprego pedem uma oportunidade no novo negócio. E os mais próximos acham que têm direito a isso. Em vários casos, o primo, tio, irmão ou filho se adaptam às exigências do negócio e tornam-se profissionais excelentes.
Existem outros casos, no entanto, em que o familiar desempenha insatisfatoriamente as funções e consequentemente traz resultados negativos, além de ser uma dor-de-cabeça, pois não é nada agradável demitir a mãe, por exemplo. A questão é que esse tipo problema sempre só piora com o tempo. Por isso, apenas uma em cada três empresas familiares chega à segunda geração. Para evitar que a família destrua o resultado de seus esforços, é preciso tomar várias medidas. O blog da Pequenas Empreas Grande Negócios publicou cinco dicas que devem servir de bússola para trabalhar com parentes.
Estabeleça critérios para empregar familiares. Defina bem antes os critérios que serão usados para contratar parentes. Se a empresa for formada por sócios, isso se torna ainda mais essencial. Os cargos iniciais devem ser, geralmente, operacionais, e não gerenciais. Também é importante determinar antes a formação mínima necessária. O fato é que, com regras claras, e que valham para todo mundo, ninguém se sente prejudicado.
Deixe claro que a empresa não é cabide de empregos. Preste atenção no desempenho dos familiares. Selecione os que tiverem mais aptidão para o negócio. Tenha em mente que se o parente ocupa uma função na sua empresa, ele está lá porque é bom e merece o cargo. Não pode ser de favor.
Não contrate o parente problema. Em toda família, existe aquele parente que nunca está empregado e não consegue permanecer em emprego nenhum. Tenha em mente que a sua empresa não é um centro de recuperação de pessoas irrecuperáveis. E isso se torna um problema maior quando os outros funcionários percebem o desempenho inferior e ficam desmotivados.
Deixe claro que o familiar está por mérito. É um engano pensar que o jovem que começa a trabalhar na empresa da família estará feliz. Ele sempre terá problemas com os demais funcionários, que vão tentar bajulá-lo ou derrubá-lo. Por isso, muitos empresários preferem que os filhos estudem e trabalhem primeiro em outras empresas. Isso ajuda trazer experiências e visões diferentes. A vaga precisa ser ganha por mérito.
Não misture as finanças da empresa com as de casa. É comum que quando o negócio vai bem e fatura bastante, alguns familiares começam enxergar a empresa como uma boa fonte de recursos. Não disponibilize empréstimos e não dê aumentos. Deixe sempre claro para todos que os lucros da empresa são dirigidos para que o negócio prospere, e não uma solução de problemas particulares.
Com informações do Blog da Caixa / Blog Algarmídia