Número de desempregados cai 10,6% em agosto

20 de setembro de 2012

O número de desempregados no país teve queda de 10,6% em agosto na comparação com o mesmo mês do ano passado, informou nesta quinta-feira (20) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa abrange resultados de seis regiões metropolitanas (Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre).

O número estimado de desempregados ficou em 1,3 milhão de pessoas em agosto, apresentando estabilidade em relação a julho. A taxa de desemprego no país atingiu 5,3% em agosto, menor que os 6% registrados no mesmo mês do ano anterior e que os 5,4% verificados em julho de 2012.

A população ocupada atingiu 23 milhões para o conjunto das seis regiões, apontando variação de 0,7% em relação a julho. No confronto com agosto de 2011, foi verificado aumento de 1,5%, o que representou um adicional de 328 mil pessoas nesse contingente em 12 meses.

Setor privado

Segundo o IBGE, o número de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado, em agosto desse ano, foi de 11,4 milhões no acumulado das regiões pesquisadas. Aumentou em 356 mil o número de postos de trabalho com carteira assinada em um ano.

Rendimento e nível de ocupação

O rendimento médio real habitual dos trabalhadores aumentou 1,9% em relação a julho, ficando em R$ 1.758,10. Na análise regional, a maior alta foi registrada em Recife (5,2%).

Ainda de acordo com a pesquisa, o nível da ocupação foi estimado 54% em agosto.

Greve impediu divulgação completa de dados em agosto

No mês passado, uma greve parcial na entidade impediu a divulgação da taxa nacional de desemprego. Os dados referentes ao mercado de trabalho das regiões do Rio de Janeiro e de Salvador sobre o desempenho de julho foram coletados, porém não analisados.

Pesquisas diferentes

Diferentes levantamentos medem o desemprego no país. Os números do IBGE, por exemplo, são bem menores que os do Dieese/Seade.

As divergências ocorrem por causa das metodologias diferentes adotadas. A principal delas é que o IBGE mede apenas o desemprego aberto, ou seja, quem procurou emprego nos 30 dias anteriores à pesquisa e não exerceu nenhum tipo de trabalho -remunerado ou não- nos últimos sete dias.

Quem não procurou emprego ou fez algum bico na semana anterior à pesquisa não conta como desempregado para o IBGE.

O Seade/Dieese também considera o desemprego oculto pelo trabalho precário (pessoas que realizaram algum tipo de atividade nos 30 dias anteriores à pesquisa e buscaram emprego nos últimos 12 meses) e o desemprego oculto pelo desalento (quem não trabalhou nem procurou trabalho nos últimos 30 dias, mas tentou nos últimos 12 meses).

Fonte: UOL – Economia
Imagem: Google