Hoje, segunda-feira, 1º de outubro, comemora-se o Dia Internacional da Terceira Idade. No Brasil, de acordo com o censo demográfico realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2010, mais de 20 milhões de pessoas têm 60 anos ou mais – cerca de 10,8% da população. “Com melhores condições de vida e trabalho, a expectativa de vida aumentou e o número de idosos cresceu”, comenta Carlos Samuel Silva Freitas, responsável pelos departamentos comercial e de locações da PRIMAR Administradora de Bens.
A preocupação com o bem-estar de quem já está na melhor fase da vida se dá em vários aspectos, como saúde, trabalho e moradia. Na questão habitacional, os idosos estão sendo beneficiados com legislações e novos posicionamentos do mercado imobiliário, que enxerga a população mais velha como um bom nicho. “Normalmente, na terceira idade as pessoas buscam conforto, estabilidade e segurança, especialmente dentro do lar, onde passam grande parte do tempo e precisam realizar tarefas simples que podem se tornar perigosas devido ao maior risco de quedas e acidentes”, afirma.
No que diz respeito à legislação, o Estatuto do Idoso prevê que pelo menos 3% das unidades residenciais de programas habitacionais financiados ou subsidiados com recursos públicos sejam destinados a idosos. O estatuto ainda estabelece que as residências reservadas para pessoas com 60 anos ou mais estejam, preferencialmente, localizadas no pavimento térreo. “É importante evitar o excesso de deslocamentos, uso de escadas ou caminhos de difícil acesso para facilitar o dia a dia dos idosos. Facilitar a locomoção para chegar até a moradia e dentro dela é fundamental”, ressalta.
Para a terceira idade, os arquitetos e engenheiros devem elaborar projetos de casas ou apartamentos adaptados de acordo com as necessidades deste público. Também é necessário prever situações que podem ocorrer no futuro e prejudicar o cotidiano do idoso no seu próprio lar. “A habitação deve ser planejada ou adaptada com soluções que assegurem a independência e autonomia do idoso e, ao mesmo tempo, supra as suas necessidades, levando em consideração alterações nas capacidades físicas e sensoriais e a necessidade de assistência”, observa.
Para promover mais qualidade de vida e bem-estar para as pessoas que estão nesta faixa etária, as residências – especialmente os prédios – devem possuir elevadores e rampas de acesso, portas largas para permitir a locomoção com cadeira de roda, andador ou bengala e piso antiderrapante de fácil limpeza e conservação. “Os ambientes devem ser bem iluminados, mas com o cuidado de não exceder na quantidade de luminosidade para não atrapalhar a visão ou a realização de tarefas dentro da moradia. As portas devem ter, no mínimo, 90 centímetros de largura”, aponta.
Cada cômodo possui suas particularidades, porém, o banheiro é um dos ambientes que mais merecem atenção. É imprescindível que o espaço tenha pontos de apoio na área do banho e o modelo da porta seja de correr ou de abrir para fora para não ficar obstruída em caso de queda. “Os espaços em geral devem ser amplos, principalmente os corredores que ligam os ambientes. As mudanças na estrutura visam possibilitar socorro rápido em situações de emergência, evitar quedas e melhorar o desempenho dos idosos mesmo com dificuldades de locomoção”, enfatiza.
Fonte: Primar Administradora de Imóveis