60% dos universitários querem abrir o próprio negócio

10 de outubro de 2012

Estudo da organização sem fins lucrativos Endeavor mostrou que 60% dos estudantes universitários brasileiros pensam em abrir uma empresa no futuro. A pesquisa ouviu 6.215 alunos, de todas as regiões do país, que responderam perguntas referentes ao empreendedorismo.

Os estudantes homens (67,5%) analisados tendem a pensar mais em empreender do que as mulheres (51,7%). Os universitários que já são empreendedores representaram 8,8% dos entrevistados, sendo que mais de 80% de suas empresas são consideradas microempresas e 94,8% possuem até 10 funcionários.

Entre os que pensam em ter seu próprio negócio, 38,1% gastam “tempo aprendendo para iniciar um novo negócio” e 24,4% consideram verdadeira a afirmação “estou economizando dinheiro para começar um novo negócio”. Mais de 40% deles cursaram uma disciplina na universidade ligada ao empreendedorismo.

Para os autores do estudo, os universitários brasileiros são extremamente confiantes quanto suas capacidades pessoais, mas quando perguntados sobre características técnicas necessárias para abrir uma empresa não se sentem tão seguros. Em uma escala de 0 a 100, a confiança para “estimar o valor de capital inicial e capital de giro necessário para iniciar um novo empreendimento” obteve uma média de 51,81 pontos. A falta de experiência pode até ser explicada pela pouca idade e tempo como estagiário, por exemplo, mas os estudantes tampouco se preocupam muito em estudar, ler livros, conversar com pessoas ou buscar informação sobre como iniciar um negócio.

Universidades

A pesquisa também ouviu professores de 46 universidades brasileiras e descobriu que apenas 4,3% das instituições de ensino não oferecem atividades ligadas ao empreendedorismo em alguma área. Entre as pesquisadas, 69,6% têm cursos de “introdução ao empreendedorismo” e 63% de “criação de empresas”.

Apesar de grande parte delas oferecer cursos de iniciação, os pesquisadores dizem que é hora de aprofundar mais o ensino e oferecer cursos mais específicos como “finanças para pequenos negócios” (hoje, apenas 26,1% das analisadas oferece) e “inovação e tecnologia” (39,1%), por exemplo.

Fonte: Folha.com
Imagem: incubadora.unifacs.br