Neurociência ajuda empresário a mexer com o emocional do consumidor e a aumentar as vendas

23 de outubro de 2012

Humor do funcionário influencia no desempenho da loja

Pedro Calabrez é professor da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) especializado em estudar algo que até pouco tempo atrás era uma expressão típica de filmes de ficção científica: ‘neurociência aplicada ao consumo’. Se antes o assunto era restrito a poucas empresas de vanguarda, hoje o termo ganha cada vez mais importância no mundo dos negócios.

“A neurociência é o conjunto de campos científicos que estudam o cérebro dos animais. E quando você fala sobre neurociência aplicada ao consumo, isso significa que a gente estuda o cérebro do animal mais interessante que existe que é o ser humano”, afirma.

De acordo com o especialista, por exemplo, foi por meio do estudo do consumidor que tornou-se evidente o mecanismo de tomada de decisão do consumidsor – ao contrário do que a maioria pensa, esse processo não se dá de maneira racional. “A tomada de decisões é muito influenciada pelo emocional, por emoções. Quando maior o engajamento emocional do cliente com a sua empresa, maior a propensão dele comprar”, analisa Calabrez.

Mas o professor da ESPM faz uma importante ressalva. “Essas emoções precisam ser positivas. Somos um bicho altamente social e muito influenciado pelas pessoas ao redor. Se o sujeito entra na loja e o funcionário está com cara de cemitério, triste, a propensão de consumir será menor. Ao contrário, se o ambiente estiver com funcionários bem-humorados, a propensão aumenta”, conclui.

Fonte: Estadão PME