Expectativa é de aumento de 15% nas vendas de fim de ano nos shoppings

6 de novembro de 2012

Inadimplência em queda, corte de juros e aumento do movimento no segundo semestre. Este são os principais fatores que alimentam a perspectiva de crescimento do comércio local nas vendas de fim de ano, a maior data para o varejo baiano.

Os segmentos de shoppings esperam uma alta mais robusta – 15% -, de acordo com o presidente Associação Brasileira de Shopping Center (Abrasce) na Bahia, Edson Piaggio. O dado é baseado em levantamento junto aos lojistas e no crescimento médio durante o ano, 12% de acordo com a última pesquisa feita, que considera o período janeiro-agosto.

Piaggio projeta um aumento no movimento de consumidores de 8% em relação ao ano passado, quando a presença de pessoas nos centros de compra registrou média 800 mil pessoas diárias. “A oferta de linhas de crédito continua alta, com juros menores”, pondera. Este ano, o setor contabiliza cerca de 2,5 mil lojas, já considerando a inauguração do Bela Vista e a ampliação do Barra. Os itens de maior procura são roupas, confecção, calçados e artigos de telecomunicação.

Porém, os shoppings representam no máximo 20% do varejo total da Região Metropolitana. Para o presidente em exercício da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Geraldo Cordeiro, em todo o comércio da capital a expansão ficará em torno de 5%, mesma projeção para todo o ano. “É um número razoável, não é os 8% a 10% previstos no começo do ano, mas muita coisa aconteceu desde janeiro”, observou.

O lojista sustenta o raciocínio na oscilação do PIB. No começo de 2012, a previsão era de expansão do Produto Interno Bruto em torno de 4,5%. Hoje, projeções de economistas e técnicos governamentais prevêem uma alta do PIB de 1,5% a 2% – no Boletim Focus divulgado ontem, analistas de mercado ouvidos pelo Banco Central mantêm previsão de uma variação positiva de 1,54%.

O varejo em si teve um primeiro semestre ruim. Nas vendagens vinculadas ao Dia das Crianças, a expansão ficou em aproximadamente de 4%, quando a estimativa inicial era de 7%. Cordeiro tem convicção de que o ano será fechado em azul, contando com a injeção de recursos do abono de Natal. “Muitos vão usar o 13º para quitar dívidas ou pagar parcela de débitos, mas mesmo estes vão se reabilitar a contrair empréstimos e vão comprar”, avalia.

O crescimento da massa salarial deve impactar no movimento do varejo, acrescenta Piaggio. “Os acordos salariais este ano fora acima deram aumento acima inflação. O aumento do salário mínimo foi o dobro”, disse. Considerando a tradição dos anos passados, o fluxo de consumidores só deve aumentar mesmo às vésperas de Natal. A segunda e terceira semanas de dezembro foram o período de maior fluxo de vendas em todo o ano.

Fonte: Tribuna da Bahia – Economia
Imagem: Google