Como as redes sociais se transformaram em lojas virtuais

22 de novembro de 2012

Um paletó da última coleção Armani custa 5.305 reais no site oficial da grife italiana.

É para poucos. Mas não custa um centavo clicar na foto do paletó e curtir ou compartilhar, quando a pessoa tem simpatia pela marca e quer indicá-la aos amigos. Baseado nessa lógica, tão simples quanto inexplorada, começa a surgir uma promissora geração de serviços híbridos formada por comércio eletrônico e rede social, o chamado social commerce. O paletó é caro demais e poucos vão compartilhar? Então imagine essa lógica aplicada a um tênis, uma capinha para smartphone ou um livro interessante com o qual você esbarrou ao ver os posts de seus amigos nos murais online.

As duas primeiras startups a experimentar com sucesso o social commerce foram as redes Pinterest e The Fancy. Elas usam uma mistura bem-feita de álbum de fotos com loja virtual em que o público serve como curador, divulgador e cliente ao mesmo tempo. Após se cadastrar em um desses sites, o usuário clica nas fotos de que mais gostou entre várias imagens de produtos e, a partir daí, começa a ver sugestões de outros itens semelhantes. A mágica? Junto das belas imagens sempre há uma etiqueta com o preço e o link para comprar o produto. Está aí uma forma interessante de transformar a audiência gigantesca das redes sociais em dinheiro.

O americano Joseph Einhorn, fundador e presidente da rede The Fancy, evita o rótulo Facebook de ofertas. “Para muitos o jeito mais fácil de entender nosso conceito é nos comparar com o Facebook”, disse Einhorn a INFO. “Mas somos um serviço de vendas. Essa comparação já não serve.” O mesmo vale para a rede baseada em fotos e recomendações Pinterest, transformado rapidamente em um mercado de produtos descolados que, mesmo quando não são vendidos diretamente pelo site, podem ser desejados por seus 10 milhões de usuários.

De acordo com a consultoria americana RichRelevance, que atende aos varejistas Walmart e Sears, as compras iniciadas no Pinterest têm valor médio de 179 dólares, contra 80 e 68 dólares de compras que começaram no Facebook e no Twitter, respectivamente. “O Pinterest está superando o Facebook em inovação no comércio eletrônico”, afirma Léo Cid Ferreira, CEO da agência AD.Dialeto, responsável pela presença virtual de marcas como Marisa, Etna e Vivara. “Nessa nova rede, as informações sobre produtos estão mais organizadas, e muita gente usa o site para criar uma pasta chamada Coisas que Quero”, afirma.

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Fonte: Exame – INFO