Preços da ceia de natal sobem 3 vezes mais que a inflação

4 de dezembro de 2012

Pesquisa feita pela Fundação Getúlio Vargas e divulgada nessa segunda-feira (3/12) aponta para um aumento médio da ceia de Natal de 18,6% em 2012.

O reajuste é mais do que três vezes a inflação projetada para o ano. O acumulado do Índice de Preços ao Consumidor de dezembro de 2011 a novembro de 2012 foi de 5,77%.

Entre os itens que apresentaram maior aumento de preço estão o arroz (33,49%), a cebola (48,37%), a batata inglesa (51,82%) e as frutas como mamão papaya (66,88%), manga (26,17%), abacaxi (23,52%) e maçã (22,13%).

Outros produtos também subiram acima da inflação, como a azeitona em conserva (11,79%), o frango (10,45%), os pães e biscoitos (8,55%) e o bacalhau (5,96%). Alguns itens, no entanto, tiveram aumento de preços menos intenso do que o registrado pelo IPC: azeite (3,48%), lombo suíno (2,84%) e vinho (1,61%). O pernil suíno foi o único produto pesquisado pela FGV que teve queda de preço – de 1,26% – entre 2011 e 2012.

IPC-S

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), medido pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas, atingiu 0,45%, na terceira prévia de novembro, uma alta de 0,07 ponto percentual sobre o resultado da segunda prévia (0,38%). Cinco dos oito grupos pesquisados apresentaram aumentos em ritmo superior ao da última apuração e o que mais contribuiu foi o de alimentação (de 0,18% para 0,53%).

Entre os principais motivos para essa elevação média dos preços dos alimentos está o processo de recuperação das cotações das hortaliças e legumes (de -11,94% para -9,43%) e carnes bovinas (-1,12% para -0,02%).

Em habitação, o IPC-S passou de 0,51% para 0,59% com destaque para o aumento da tarifa de energia elétrica residencial (de 1,17% para 2,1%). No grupo despesas diversas, a taxa subiu de 0,2% para 0,34% sob o efeito dos cigarros (sem variação para 0,6%).

Em vestuário (de 0,83% para 1,02%) com a pressão da alta das roupas (de 0,72% para 0,98%). E, no grupo educação, leitura e recreação (de 0,67% para 0,72%) com influência do reajuste da passagem aérea (de 7,96% para 11,3%).

Nos demais grupos, foram verificados decréscimos: transportes (de 0,22% para 0,03%), provocado pela gasolina (de 0,69% para -0,04%); saúde e cuidados pessoais (de 0,52% para 0,42%) com destaque para salão de beleza (de 1,31% para 0,97%) e em comunicação (de 0,08% para 0,04%), puxado pela mensalidade dainternet (de -1,49% para -2,25%).

Os cinco itens que provocaram maior impacto foram
— Tarifa de energia elétrica (de 1,17% para 2,1%);
— Refeições fora em bares e restaurantes (de 0,59% para 0,95%)
— Móveis para residência (1,21% para 1,89%)
— Sanduíches (de 2,17% para 2,07%)
— Passagem aérea (de 7,96% para 11,3%).

Fonte: Tribuna da Bahia