As pessoas são ferramenta de extrema importância para o alcance dos resultados esperados nas organizações e sua capacitação é imprescindível para o desenvolvimento profissional. Ainda existem empresas que tratam seus talentos como “funcionários”. Burocraticamente está correto, mas hoje em dia devem ser considerados colaboradores, pois sua atuação dentro do mercado precisa estar em evidência e destaque, isso é fator motivador para o próprio ser humano.
Aí pode vir a seguinte indagação: “as pessoas foram substituídas por máquinas!” Também está certo, pelo menos na maioria das indústrias, e esse pode ser definido como um dos principais motivos pelo qual os talentos humanos devem ter uma tratativa profissional diferenciada. Nos “velhos tempos”, as linhas de produção seguiam uma política empresarial mecanicista, muito utilizada por Frederick W. Taylor, um dos principais fundamentalistas da administração científica. Sua estratégia de trabalho visava resultados, e isso causava insatisfação por parte dos subordinados, pois não existia um plano de gerenciamento de pessoas específico estruturado pelas diretrizes industriais, causando demissões em grande escala.
O tempo passou e devido às inovações tecnológicas e mudanças que revolucionaram o mercado, as empresas perceberam que se não houver um trabalho que foca o desenvolvimento de pessoas, as expectativas organizacionais jamais seriam atingidas conforme o esperado. A partir daí foi necessário montar um planejamento de gestão de pessoas, ou seja, os funcionários deixam de existir, e dão lugar aos colaboradores.
Os envolvidos nesse planejamento são os gestores (líderes) que precisam munir os colaboradores de ferramentas de motivação que impulsionem os mesmos a exercerem suas atividades com excelência.
Na prática, funciona da seguinte forma: primeiramente, as lideranças devem estar aptas e capacitadas para esse processo, pois além de ser demorado, o trabalho de desenvolvimento deve ser contínuo e feito de maneira detalhada. A atuação do gestor nessa etapa é fundamental para que todos os integrantes das equipes vejam que há uma participação significativa do seu líder, além de proporcionar uma aproximação interativa de ambas as partes.
Uma liderança capacitada e disposta a desenvolver sua equipe trará maior crescimento para o setor. Por mais que o foco das organizações seja o interesse nos resultados, é primordial o gestor ter em mente que o seu papel de gerenciar pessoas não se limita apenas em “dar ordens”, sua capacidade de manter um ambiente de trabalho estável deve estar sempre em alta para a satisfação de todos.
Da mesma forma, é importante que o próprio colaborador saiba valorizar o seu potencial e reconheça que a aplicação correta de seus conhecimentos e habilidades, em conjunto com a execução de suas funções possam contribuir para a conquista dos objetivos pré-estabelecidos pela empresa.
O que envolve mais ainda o profissional com a questão de desenvolvimento é a troca de experiências com seus líderes, pois a bagagem transmitida pelo gestor trará uma visão ampla sobre o mercado de trabalho. A busca por novos conhecimentos faz com que a pessoa entenda a dimensão do mundo organizacional, e abra a mente para novos desafios e conquistas, que com certeza podem se tornar frutos da determinação, força de vontade e dedicação. Por isso faça valer a pena seu papel dentro da sua empresa, COLABORADOR.
Artigo Publicado no Jornal On Line News – Edição de Setembro 2012 – Cajamar – SP.
Júlio C. Pinto – Gestão de Pessoas
Imagem: canalparadasolicitada.blogspot.com