A temporada de verão é marcada por dias de muita alegria na areia das praias e nas piscinas de clubes, no Brasil inteiro. Contudo, entre mergulhos e beliscadas no petisco, é preciso ficar alerta com problemas de saúde corriqueiros da estação. Entre as queixas mais comuns nos consultórios médicos estão insolação, intoxicação alimentar, micose e a temida dengue.
Apesar disso, não é preciso cancelar o divertimento. Abusar do protetor solar, atenção no contato com a areia e alimentar-se com moderação são cuidados simples no dia a dia que evitam o aparecimento das complicações sazonais. A seguir, especialistas dão dicas de proteção para passar ileso pela estação mais quente do ano.
Insolação
A exposição exagerada ao sol com pouca ou sem proteção gera resultados negativos sobre a pele. Com raios solares mais intensos, a insolação ocorre quando o organismo perde a capacidade de regular sua temperatura interna, parando de transpirar. O problema, normalmente, aparece em pessoas de pele mais clara, idosos e crianças, por estarem mais suscetíveis a queimaduras e por não sentirem tanta sede.
“Reforçar a aplicação do filtro solar é a melhor maneira de ficar longe da insolação, assim como beber líquidos constantemente para combater a desidratação”, explica Leonardo Abrucio Neto, dermatologista do Hospital Beneficência Portuguesa, de São Paulo. Outra dica é evitar banhos de sol e exercícios físicos entre 10h e 16h.
Intoxicação alimentar
Comprar aperitivos na beira da praia pode não ser um bom negócio. Isso porque camarões e sanduíches necessitam de manipulação com as mãos e refrigeração permanente antes de chegarem ao prato. “Sem essa atenção, podem conter bactérias, parasitas ou algum vírus causador de contaminação”, diz Raquel Muarrek, infectologista do Hospital e Maternidade São Luiz, de São Paulo. Logo, fique de olho na higiene do quiosque, e também na aparência e temperatura dos alimentos.
Desidratação
Caracterizada pela perda excessiva de líquidos e sais minerais, a desidratação é comum nessa época do ano, quando a transpiração aumenta. Além disso, intoxicação alimentar e insolação potencializam o problema.
Maneira mais simples de evitá-la é ingerir diariamente pelo menos dois litros de água, suco de frutas ou água de coco e ter cuidado com a alimentação, consumindo apenas alimentos preparados em casa ou em lugares confiáveis. Usar roupas claras e de tecido leves também diminui a transpiração.
Micoses
Ardência e pequenas bolhas na pele são sinais comuns da micose. Essa coceira desagradável aumenta no verão devido às roupas e calçados que deixam o corpo mais exposto à ação de fungos. A umidade é outro prato cheio para a multiplicação dos micro-organismos, por isso, biquíni, bermudão e sunga molhados não devem permanecer em contato com o corpo por muito tempo. “Para evitar, procure usar roupas leves, calçados fechados e meias limpas”, ensina Leonardo.
Bicho geográfico
Grãos de areia úmida escondem o parasita responsável pelo aparecimento do bicho geográfico. A contaminação que marca a pele com traços vermelhos logo se espalha, em razão das larvas deixadas por animais que defecam na praia. “Geralmente aparece nos pés, mas pode ocorrer em outras partes do corpo”, comenta o especialista. A única forma de prevenção é evitar sentar direto na areia e sempre usar chinelos na praia.
Dengue
A combinação de chuvas e temperaturas acima de dos 30° C formam o ambiente propício para proliferação da dengue. Sem algum tipo de medicamento que possa evitá-la, impedir o acúmulo de água em pneus, potes e pratos de vasos é a principal medida de combate à reprodução da larva do mosquito transmissor Aedes Aegypt.
Fonte: http://saude.terra.com.br/