Inovar é imprescindível para ter sucesso no mun¬do globalizado. Quem disse? Peter Drucker disse, Philip Kotler também disse, o “palestrante que foi lá na empresa” disse, o “livro que li ontem” disse, “a matéria da revista de economia” disse, o professor disse, “passou na televisão”! Na boca do povo está a palavra inovação. Quem não inova, não cresce e vai ficar fora do “jogo”. Muito bem.
Então existirão dois tipos de pessoas: as que inovam (os grandes gênios que todo mundo conhece), e as que não inovam, que são “os meros mortais”, certo? Errado! Na prática, há muito discurso, mas pouca inovação.
Aprendemos que inovar é coisa para gênio. “Quem pode, pode!”. E esse é o grande paradigma. Definitivamente inovar não é coisa de gênio. É coisa de gente! Mas já que insistem em ter um gênio na história, este artigo é dedicado ao gênio que existe em você, caro leitor da Revista SER MAIS que merece sucesso e tem tudo para inovar hoje e sempre. Considere-se dentro de uma espécie de “lâmpada mágica”. Eu a esfrego daqui e você aparece daí. Sou mágico e tenho várias “lâmpadas mágicas” no meu estoque. Mas tem uma condição: quando você sair, três pedidos devem ser atendidos, três atitudes para despertar o gênio inovador que existe em você. Fechado? Então aí vão:
1. Entenda e aceite que inovar é uma capacidade de todo ser humano; você só precisa saber como pensar para inovar, como direcionar o seu pensamento. No universo empresarial inovar é fazer dinheiro, gerando lucro ou bai¬xando o custo.
2. Adote um método para inovar; precisamos de método, controle sobre o processo inovativo, direcionando a ima¬ginação para criar utilidade ou eliminar a inutilidade (por exemplo: o custo alto ou uma ação que não faça sentido com a estratégia é inútil). Procure conhecer esses métodos.
3. Conecte, adapte; inovação, na maioria das vezes, não significa inventar algo novo. Significa conectar coisas que já existem para criar nova utilidade ou fazer com que algo inútil deixe de existir. O “nov” contido na palavra (inova¬ção) sugere que a novidade seja uma constante, o que não é verdade. O que sempre é novo no ato de inovar são os pontos de vista e as atitudes.
Outro aspecto importante: a convergência é o princípio do grande movimento da economia global e também um dos princípios que regem a inovação. Conectar é convergir; pense nisso.
Inovação também acontece quando se adapta algo que é novidade para um determinado sistema, mesmo que esse algo não seja novidade no mundo. Ou mes¬mo quando reativamos algo que está inativo em nosso sistema, gerando lucro ou redução de custo.
Assim como temos controle sobre a qualidade e a estratégia, por que não controlar o planejamento e a gestão da inovação? Inovação é praticamente uma obrigação. Pois o conhecimento já é de domínio público.
Então precisamos inovar para sermos mais competitivos, mais competentes e mais felizes. Quem não se abre para a inovação sai perdendo na vida, no trabalho, na família e nos negócios. O líder de mercado? Não existe mais. Hoje é a empresa x, amanhã será a empresa y. Acabou de vez o velho status do líder soberano, com seguidores subordinados à sua supremacia, como no conceito clássico de Michael Porter. A nova competição não será mais entre empresas e nem entre profissionais, mas entre modelos de negócio e modelos mentais singulares. Não há mais espaço para arrogâncias, “coronelismos” ou “tapetes vermelhos”. Inovar é permitir a mudança, eliminando conflitos econômicos, sociais, pessoais e ambientais. Precisamos de lucratividade no trabalho e na vida. Inovar é implantar uma ideia que faz “a grana” da empresa crescer e a felicidade das pessoas surgir. Criatividade é um pré-requisito. Invenção é novidade, mas nem sempre inovação. Inove!
Desperte o gênio que existe em você! Acredite, não são mais necessárias montanhas inspiradoras para inovar. As ferramentas estão aí para os gênios que desejam sair de suas “lâmpadas mágicas”.
Por Daniel Bizon