Os perigos do cartão

16 de janeiro de 2013

“São demais os perigos dessa vida pára quem tem… cartão”

Nunca se falou tanto sobre taxas de juros baixos, afinal desde o ano passado o Brasil atingiu a menor taxa Selic da historia,  7,25%a.a.

Junto com a queda da taxa base da economia (SELIC) , o governo pressionou os bancos, via bancos públicos,  para derrubarem seus spreads (% da taxa cobrada pelo banco em relação acima da Selic ) afim de oferecer um crédito mais barato ao consumidor .

A estratégia deu certo,  alguns chegaram a cortar metade dos juros, porém , as taxas continuam em estratosféricas.

Os números assustam, o cartão de crédito, modalidade mais usada por brasileiros, segundo relatório da ANEFAC referente a dezembro 2012, com os assombrosos 9,37% ao mês, equivalente a – pasmem- 193%  ao ano. Esse número é de tirar qualquer numerólogo do sério , ainda mais , quando comparado com os míseros 7,25% ao ano da Selic ou os 5,08% ao a da poupança.

Para ilustrar o estrago que uma dívida no cartão , tanto a tabela como o gráfico a seguir  fazem uma comparação da evolução de R$ 1.000 reais investidos na poupança contra um dívida de mesmo valor no cartão de crédito no decorrer de 60 meses.

Interessante que depois de um ano, os R$ 1.000 aplicados na poupança viram R$ 1.050,75. Já no cartão, os mesmo R$ 1.000 se multiplicam em R$ 2.929,40. Para ver os resultados após 5 anos, é preciso tirar as crianças da sala, pois enquanto poupança atinge R$ 1.280,85 o cartão chega a inimagináveis R$  215.721,15 , praticamente o preço de um imóvel.

Enfim, o crédito deve visto como uma ferramenta, no entanto, emprestar sem educar é equivalente a dar uma corda para pessoa se enforca.

Fonte: Folha.com – Caro Dinheiro (Post em Parceria com Victor Candido, graduando em Economia pela UFV-MG (Universidade Federal de Viçosa).