Existem algumas personalidades cuja tendência de deixar as coisas no ar lhes é natural. Outras, cuja característica é começar uma atividade ou processo e não concluí-lo. Para esse tipo de comportamento há excelente conserto. A cura começa pela consciência do problema. O passo seguinte é adequar-se a uma disciplina.
Conheço alguns gerentes que distribuem deveres entre seu pessoal, definem os vários parâmetros, e depois… Depois? Qual foi o resultado? Houve dificuldades? Quem realizou cem por cento do que foi solicitado? O objetivo foi atingido? Em que nível? Eles não sabem dizer. Faltou “acompanhamento”, ou, em linguagem corporativa, “follow up”.
Muitos destes podem explicar bem suas razões para não darem o melhor dos follow ups a seus subordinados. No entanto, a verdade é que quase todos se envolvem com um mundo de outras atividades e compromissos esquecendo-se de monitorar o que delegaram. Há uma fé de que tudo dará certo no fim. A questão é: “A que custo?”
Do jeito que as coisas estão em termos de competitividade e corte de despesas, ninguém mais pode se permitir displicência ou comportamentos não organizados. É preciso gerir o tempo de forma tal que as prioridades e as metas sejam efetivadas: das mais urgentes às mais simples. O valor da empresa de hoje está no valor e na qualidade com que todos os seus processos são desenvolvidos. E nesta equação o que mais conta é desempenho.
Para evitar a paralisia ou a perda da qualidade da sua equipe, aqui vão alguns conselhos simples e exeqüíveis.
1) Esteja aberto às opiniões do seu pessoal. Eles desejam participar das ideias e, se possível, das decisões. Eles têm alguma prática, e querem externá-la.
2) No momento em que você tiver delegado uma tarefa, passe para a etapa mais importante deste processo, isto é, pergunte: “Quando você prevê que poderá concluí-la?” Quero dizer: eduque cada membro do seu time a trabalhar com uma data final para tudo. Sem esta data, eles o farão somente quando sentirem vontade, o que não se pode admitir, certo?
3) Não se esqueça de disponibilizar um horário a cada dia ou período para esclarecer possíveis dúvidas. Elas sempre aparecem.
4) Finalmente: quando a data marcada para a conclusão da tarefa chegar, cobre com rigor. E aproveite para avaliar o desempenho de cada um observando, por exemplo, a dedicação, a objetividade, a interação e a presteza em realizá-la bem.
Nenhum bom líder deixa tarefas no ar! Tudo, de fato, faz diferença.
Por Abraham Shapiro*
Imagem: novosgerentes.blogspot.com
*Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é simplicidade. É autor do livro “Torta de Chocolate não Mata a Fome – Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos”, Editora nVersos, 2012. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473