O crédito total concedido por meio do Sistema Financeiro Nacional registrou expansão novamente em dezembro de 2012, de acordo com o Banco Central do Brasil (BCB). O volume de crédito no País somou R$2.360 bilhões, o que representa um crescimento de 2,4% no mês e de 16,2% em doze meses. Assim, os empréstimos totais passaram a compor 53,5% do Produto Interno Bruto (PIB), ante 52,6% em novembro de 2012. Já as operações de crédito registradas em Pernambuco cresceram 24,5% nos últimos doze meses, ao totalizar R$ 65.465 milhões, o que corresponde a apenas 2,81% dos empréstimos no País.
Segundo o BCB, o menor ritmo de expansão do crédito em 2012, mesmo com a trajetória declinante das taxas de juros e spreads bancários e da estabilização dos índices de inadimplência, mostrou-se consistente com a desaceleração do nível de atividade econômica e os impactos sobre as expectativas de empresários e consumidores. Nesse contexto, a evolução do saldo de crédito foi sustentada, principalmente, pelo desempenho das operações com recursos direcionados, com ênfase para a continuidade da expansão do crédito habitacional e para as contratações do BNDES.
Em relação à distribuição setorial do crédito, o BCB revela que os financiamentos direcionados à “Outros Serviços” avançaram 3,7% no mês, totalizando R$405 bilhões, com destaque para as contratações dos ramos de energia, telecomunicações e atividades relacionadas a transportes. Já os empréstimos concedidos à “Indústria” somaram R$462 bilhões, expandindo-se 1,2% no mês, com influência das operações contratadas pelos segmentos de extração mineral, agroindústria e automotivo. Os recursos destinados ao “Comércio” avançaram 2,4% ao atingir R$ 227 bilhões, com relevância a demanda de crédito por lojas de departamento.
Ainda de acordo o BCB, o “crédito habitacional”, recurso direcionado a compra e construção de moradia, totalizou R$277 bilhões ao fim de 2012, crescendo 2,8% no mês e 38,2% em doze meses. Já os financiamentos ao “setor rural” registraram crescimento de 4,5% no mês, atingindo R$171 bilhões, reflexo dos financiamentos de custeio e investimento agrícolas.
Fonte: Blog Econômico – CDL Recife