Aberta temporada de ovos de Páscoa

20 de fevereiro de 2013

O comércio se prepara para receber 80 milhões de unidades em 800 mil pontos de vendas espalhados pelo Brasil

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A partir desta semana, o consumidor já pode começar a comprar os produtos de Páscoa. Somente de ovos de chocolate, o comércio se prepara para receber 80 milhões de unidades em 800 mil pontos de vendas espalhados pelo Brasil. Tudo fruto do trabalho de mais de 20 mil pessoas que começaram a ser contratadas pela indústria ainda no ano passado e de uma complexa logística de distribuição pelas estradas do País.

Este ano, a sofisticação atingiu o ápice: tem até ovo  com embalagem de veludo cravejado com cristais Swarovski, da Kopenhagen, do Grupo CRM. A data, como lembra o vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab), Ubiracy Fonseca, é considerada o 13º mês para o setor. “Estamos otimistas, pois o brasileiro adora chocolate e o potencial de crescimento para os fabricantes é enorme. O Brasil é o terceiro maior produtor do mundo de chocolate, no entanto, o consumo per capita ainda é baixo, de 2,2 quilos, ou seja, temos margem para expansão”, diz ele. Atualmente estamos atrás apenas dos Estados Unidos e do Reino Unido.

Segudo dados da consultoria internacional Euromonitor, o Brasil deve assumir a vice-liderança entre os dez maiores mercados de chocolates, balas e amendoim do mundo até 2016. Enquanto registramos uma média de crescimento de 3,6% ao ano, a média mundial está em 2%. Em relação ao último balanço, de 2011 – quando a produção foi de 710 mil toneladas de chocolate, 9,5% a mais que em 2010 –, Fonseca analisa que “se o mercado internacional não está absorvendo a oferta dos produtos brasileiros (ainda como consequencia da crise mundial de 2008), pode-se concluir que é o consumo interno é que tem mantido os bons níveis da produção das indústrias do País. Parte desse cenário se deve à ascensão do poder aquisitivo da classe C, que vem gerando um importante aumento da demanda e dessa forma, estimulando as atividades das empresas”.

Segundo informações da IPC Marketing Editora, é de se esperar que os itens de chocolates e bombons movimentem o equivalente a R$ 4,4 bilhões no mercado nacional nesse período de Páscoa. Os indicadores apontam gastos da ordem de R$ 30 bilhões na compra de doces em geral ao longo do ano, sendo R$ 9,0 bilhões somente no consumo de chocolates e derivados. Em 2012, os gastos da categoria foram da ordem de R$ 27 bilhões ante os R$, 8,2 bilhões somente com chocolates e derivados.

A classe B será responsável pela maior parte do valor correspondendo a R$ 1,91 bilhão, ou seja, 43,1% do mercado sazonal de chocolates e bombons, em 2013. Em 2012, a classe que mais consumiu foi a classe C. Em segundo lugar em 2013 está a classe C, que deverá responder por 39,3% desse mercado, ou seja, um valor da ordem de R$ 1,74 bilhão. A classe A, por sua vez, garantirá o consumo equivalente a R$ 457,2 milhões, correspondendo a 10,3% do potencial de consumo de chocolates e bombons, nesta época do ano. Já as classes D e E ficam com a parcela de 7,2%, representando o valor significativo de R$ 318,3 milhões.

Fonte: Jornal do Commércio (Pernambuco) – Economia