Apesar da retração na atividade econômica, tradicional nos primeiros meses do ano, as micro e pequenas empresas brasileiras permanecem otimistas para o início de 2013. O Índice de Confiança dos Pequenos Negócios, divulgado mensalmente pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), mostra que 78% dos empresários esperam ampliar ou manter o faturamento em janeiro, fevereiro e março. Os setores que aguardam melhores resultados são construção, com 86% dos empresários otimistas para os próximos meses, e indústria, com 85% dos entrevistados à espera de vendas melhores ou estáveis.
O Sebrae ouviu 5,6 mil empreendimentos de todos os setores (indústria, comércio, serviços e construção), entre microempreendedores individuais (com receita bruta de até R$ 60 mil por ano), microempresas (que faturam entre R$ 60 mil e R$ 360 mil por ano) e negócios de pequeno porte (com faturamento bruto anual entre R$ 360 mil e R$ 3,6 milhões).
“A expectativa para o ano é muito boa, em especial, porque os pequenos negócios estão focados no mercado interno e as crises internacionais não afetam tanto”, analisa o presidente do Sebrae, Luiz Barretto. “Porém, a competitividade aumenta e é preciso investir em gestão e inovação para o sucesso da empresa”, completa.
A análise por porte mostra que o otimismo é maior entre os microempreendedores individuais. Para 83% dos entrevistados dessa faixa de faturamento, os três primeiros meses do ano também devem resultar em faturamento positivo ou estável. “Por atuarem com poucos funcionários, os microempreendedores individuais conseguem escapar das sazonalidades que retraem a economia em determinados períodos”, exemplifica Luiz Barretto. Regionalmente, o destaque até março deve ser verificado entre os empresários do Sul, onde 80% têm planos de ampliar ou manter os resultados no início do ano.
O levantamento mensal do Sebrae mostrou ainda que 19% dos empresários de pequenos negócios planejam ampliar as contratações no início deste ano. A meta é mais verificada entre os empreendedores da construção. Quase 30% dos entrevistados do setor disseram que pretendem contratar novos empregados até março. As empresas de pequeno porte são as mais otimistas quanto à geração de postos de trabalho, com 26% dos entrevistados que almejam aumentar o quadro de funcionários. Até março, o emprego entre os pequenos negócios deve ser mais aquecido na região Sul, onde 22% dos empresários declararam que devem contratar mais.
O Índice de Confiança dos Pequenos Negócios (ICPN) é medido em uma escala que varia de 0 a 200. Acima de cem, indica tendência de expansão das atividades, enquanto abaixo desse valor aponta para uma possível retração. Em janeiro, o ICPN ficou em 117, o que representa tendência de crescimento.
Fonte: Diario de Pernambuco