Para o comércio, governo não usará a taxa básica de juros como remédio para conter a alta dos preços

7 de março de 2013

A decisão do Banco Central de manter a taxa básica de juros no piso histórico de 7,25% ao ano já era esperada

inflaçãoPara a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), a decisão do Banco Central de manter a taxa básica de juros no piso histórico de 7,25% ao ano já era esperada e revela que o governo não deve usar a taxa básica de juros como um remédio para conter a inflação. Na avaliação das duas entidades, a decisão revela certa cautela do governo brasileiro, que a partir de agora deve aguardar os desdobramentos da economia, sobretudo se a alta dos preços dará ou não sinais de trégua nos próximos meses.
Na avaliação de representantes do setor varejista, embora o comércio vivencie um momento de crescimento nas vendas e de queda da inadimplência, o consumo das famílias não pode ser o único pilar de sustento da economia brasileira. “O atual modelo econômico favorável ao consumo já começa a dar sinais de esgotamento. Nossa expectativa é de que haja um recuo da inflação nos próximos meses. Caso contrário, o poder de compra do consumidor será comprometido, o que impacta negativamente no volume de vendas do comércio”, afirma o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior.

O líder do movimento varejista explica que o Brasil deve buscar medidas políticas para reduzir a atual carga tributária e unir forças para aumentar a produtividade brasileira. “Hoje o Estado anda pouco eficiente e muito caro. Nem mesmo a redução do IPI conseguiu diminuir a arrecadação de impostos do governo, que como vimos nesta semana, bateu um novo recorde em 2012. É importante lembrar que a alta tributação não eleva apenas o custo dos produtos, mas também o da produção”, disse o presidente da CNDL.

Além disso, a CNDL e o SPC defendem a criação de oportunidades e de ambientes favoráveis ao financiamento de investimentos como gastos em infraestrutura pública e compra de equipamentos para ampliar a capacidade produtiva. “São problemas históricos que afetam a capacidade de crescimento de longo prazo”, afirma Pellizzaro Junior.

Fonte: CNDL