Talvez você não tenha observado, mas Hollywood – fonte inesgotável das formas de artes mais comerciais – é também o melhor indicador sobre o zeitgeist*.
Uma das repercussões dos filmes de Hollywood é induzir jovens da classe média sem vocação em particular a seguir determinadas profissões.
Atualmente essa profissão é a Tecnologia da Informação. Essa tendência começou há 15 ou 20 anos, e é por isso que o novo filme, Jobs, com Ashton Kutcher no papel de Steve Jobs –o fundador da Apple–, está em evidência, assim como outro dia era “A Rede Social”, sobre Mark Zuckerberg, do Facebook.
Atletas, cantores, policiais e assaltantes estão sempre na moda. Mas a sociedade também precisa de modelos no mundo do colarinho-branco para serem seguidos pelos jovens. Observe como eles sempre aparecem nos principais filmes.
Houve um tempo em que o jornalismo dominava as telas do cinema. Tintim e Super-Homem eram repórteres. “Cidadão Kane” era um magnata dos jornais. “A Doce Vida”, de Fellini, conferia glamour à disseminação dos tabloides na Itália com Marcello Mastroianni como jornalista.
Depois, foi a vez da área bancária assumir o controle. “Wall Street”, “Uma Secretária de Futuro” são expoentes dessa tendência. Nestes e em outros filmes daquela época os homens das finanças aparecem como “mestres do universo”, “figurões” que não paravam nem para comer direito.
Os advogados –não os empresariais, mas os criminalistas ou promotores– são o mais frequente recurso de emergência de Hollywood quando nenhuma outra profissão parece badalada o suficiente.
Mas a coisa mais importante a considerar sobre isso é: “Não ceda à pressão social. Investigue bem a sua vocação e siga-a. Não acompanhe a moda! Você tem de encontrar motivação e bom ânimo todos os dias para lutar pelo seu sustento em qualquer profissão que escolher. E isto nem Hollywood ou qualquer indivíduo deste planeta jamais fará por você. Portanto, leve a sério a sua profissão e seu trabalho!”.
Por Abraham Shapiro *
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*Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é simplicidade. É autor do livro “Torta de Chocolate não Mata a Fome – Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos” (Ed. nVersos, 2012).