Os recentes aumentos nos custos da construção civil – aço, madeira, cimento, dente outros, deve acarretar impactos no preço final dos imóveis. O alerta vem do diretor da Brasil Brokers, Luiz Augusto Amoedo. Ele ressalta que além dos aumentos nos insumos, o dissídio dos trabalhadores também impacta. “Percebemos que, além disso, o governo está perdendo o controle da inflação que encerrou em 5,84% no ano passado. Isso é péssimo. No momento a grande vantagem ainda diz respeito aos juros que estão baixos para quem deseja comprar imóveis”, cita.
Amoedo ressalta que o mercado continua vendendo e isso é otimista. “Estamos recuperando as perdas de 2012. Em 2011 conseguimos vender bem, mas agora nossa expectativa se volta para 2013 uma vez que acreditamos numa recuperação do mercado”, adianta.
Ele lembra que no ano passado foram vendidos 10,4 mil unidades e lançados 8,3 mil. “O interessante disso é que havia muito estoque e estamos conseguindo comercializar o que estava parado. Acreditamos que o cenário se altere em 2013, uma vez que diminuiu-se a quantidade de estoques. A oferta de crédito ainda é boa e os juros do mercado imobiliário considerados baixo, por isso acreditamos que neste ano haja um aquecimento das vendas”, frisa.
Recentemente o IBGE apresentou uma pesquisa apontando que o Índice Nacional da Construção Civil variou 0,18% em janeiro, recuando 0,25 ponto percentual em relação a dezembro (0,43%). Com esse resultado, o acumulado nos 12 meses encerrados em janeiro de 2013 ficou em 5,25%, abaixo da taxa de 5,68%, registrada nos 12 meses imediatamente anteriores. Em janeiro de 2012, o índice foi de 0,59%.
A pesquisa alertou que o custo nacional da construção, por metro quadrado, que no mês de dezembro havia fechado em R$ 855,64, em janeiro passou para R$ 857,21, sendo R$ 455,09 relativos aos materiais e R$ 402,12 à mão de obra.
Em janeiro de 2013, materiais e mão de obra apresentaram desaceleração em relação a dezembro de 2012. Os materiais, com variação de 0,29%, recuaram 0,07 ponto percentual em relação ao mês anterior (0,36%), enquanto a mão de obra apresentou diferença mais significativa, ao recuar de uma variação de 0,51% em dezembro para 0,07% em janeiro, ou seja, 0,44 ponto percentual para menos. Os acumulados em 12 meses foram 9,08% da mão de obra e 2,09% dos materiais.
Fonte: Tribuna da Bahia