O aumento da taxa de juros, Selic em 0,25 ponto percentual para 7,5% ao ano não deve acarretar mudanças nas taxas de financiamento de imóveis, por enquanto, segundo afirmam dois dos maiores bancos do país. Procurados pela reportagem, Banco Bradesco e Banco Itaú, se manifestaram via assessoria de imprensa e foram unânimes em afirmar que não havia pretensão das instituições bancárias em promover alterações para os financiamentos de imóveis. Segundo o Bradesco, a ideia está descartada. “Não há a menor intenção em mexer em nada.
Continuaremos com as taxas de juros já praticadas. Para imóveis de até R$ 170 mil a taxa de juros é de 8,9% ao ano e os de até R$ 500 mil sobe para 10% ao ano. Financia-se 80% do valor do imóvel, com parcelas a partir de R$ 200 e em até 30 anos para pagar, podendo comprometer no máximo até 30% da renda”, pontua.
O Banco Itaú, que também se manifestou via assessoria de imprensa, confirmou que não há a menor intenção em promover aumentos. “Isso não está nos planos do banco. Entretanto informamos que o Itaú não trabalha com uma taxa fixa no crédito imobiliário. Os juros do crédito imobiliário são atribuídos de maneira individualizada, de acordo com o relacionamento do cliente com o banco. No site do banco, o interessado pode fazer sua simulação de crédito imobiliário e, depois, negociar o valor encontrado, pois a instituição faz uma atribuição individualizada de sua taxa, baseada no histórico do cliente”, informa.
O banco ainda ressalta que “É importante destacar que o Itaú financia também as despesas cartoriais e de ITBI, até 5% do valor do imóvel. Outros diferenciais são a rapidez na análise da solicitação e na liberação do crédito e a reduzida lista de documentos necessários para fechar o financiamento, que podem inclusive ser digitalizados para envio ao banco. A prestação deve ser de até 35% da renda líquida do cliente e a renda pode ser composta por duas pessoas, casadas entre si ou não. No segundo caso, as duas pessoas não poderão ser casadas”, cita a assessoria.
Aumentos não serão repassados segundo Anefac
A Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade, Anefac, se posicionou através da imprensa. A entidade avisou que a alta da Selic pode provocar aumento de 0,02 ponto percentual em taxas de juros de operações de crédito. “No caso dos empréstimos oferecidos no comércio, a taxa de 4% passaria para 4,02%, ao mês”.
A Anefac ressaltou que não acreditava que o aumento seja repassado pelas instituições financeiras aos clientes porque as taxas de juros, apesar de terem passado por processo de redução recentemente, ainda estavam altas. Outra situação informada pela Anefac envolve a inadimplência, responsável por quase 30% das taxas de juros, e sua tendência de queda com a melhora no desempenho da economia já para este ano em relação a 2012, quando cresceu 0,9%.
Fonte: Tribuna da Bahia