Dia das Mães acirra disputa entre irmãos

7 de maio de 2013

Nem no Dia das Mães a disputa fraternal arrefece. Uma pesquisa on-line com mil consumidores brasileiros mostra que 83% escolhem o presente pensando em fazer mais bonito do que os irmãos.

Já mostrar para a mãe que está podendo gastar foi a motivação apontada por 28%.

Todos os entrevistados disseram ter como primeira motivação agradar a mãe. Fazer a mãe se destacar entre irmãs e cunhadas também foi motivação comum a todos.

Para 64,4%, o intuito é fazer com que a mãe se sinta importante, melhor que outras mães, mais poderosa e especial.

Aloísio Pinto, vice-presidente de planejamento da WMcCann, agência de publicidade responsável pela pesquisa, diz que a sinceridade das respostas surpreendeu.

“A gente achava que as respostas seriam mais convencionais, que é o que costuma acontecer quando você pergunta algo pouco convencional”, diz Pinto.

“Mas, no fundo, as pessoas concordaram com as hipóteses que estávamos levantando. E mostraram uma verdade que não estamos acostumados a relacionar com o Dia das Mães.”

A pesquisa ouviu ainda outras mil pessoas em 12 países da América Latina, de todas as classe sociais, com 18 anos ou mais. De acordo com Pinto, o brasileiro se mostrou um dos povos mais competitivos da região.

A enquete é a primeira de uma série sobre o comportamento do consumidor em datas promocionais, conduzida pela WMcCann. As próximas serão sobre Dia dos Pais, Natal e Ano Novo.

MÃES

A agência também ouviu mães e concluiu que, apesar do clássico “imagina, não precisava”, 47% delas admitem que, na verdade, sempre esperam ganhar presente. Mas 38% dizem falar sério ao afirmar que não precisam de presente.

Editoria de Arte/Folhapress
Dia das mães
Dia das mães

A imagem idealizada da mãe predomina nas respostas: 81% dos consumidores que dão presentes para as mães dizem acreditar que, se elas pudessem fazer outra coisa com o dinheiro, ajudariam um parente ou irmão em dificuldade.

ÚLTIMA HORA

A grande maioria dos brasileiros (88%) deixa para a última hora a compra do presente e só metade (50,2%) leva em consideração o gosto particular da mãe. Devido à pressa ou à comodidade, 58% dos entrevistados optam por fazer compras em shoppings.

Os presentes mais comuns (escolhidos por 38% dos filhos ou cônjuges) são itens de vestuário, como roupas, bolsas e sapatos; 22% optam por agradar a mãe com um almoço ou jantar. Flores foram mencionadas como opção por 22% dos entrevistados, seguidas de perfume (20%), joia (14%), eletrodomésticos (12%), vale-presente (12%), celular ou smartphone (10%), tablet (7%), vale para salão de beleza ou spa (7%) e caixa de chocolate (6%).

Um em cada dez filhos ou cônjuges disse fabricar o próprio presente para a mãe.

“Olhando os grandes números da pesquisa, dá para concluir que existem na data outros objetivos que vão além de só agradar e querer valorizar a mãe”, diz Pinto.

Fonte: Folha.com