Desemprego e descontrole são as principais causas da inadimplência

31 de maio de 2013

Desemprego é o principal motivo para 31% dos consumidores, diz pesquisa.
Descontrole financeiro aparece em 2º lugar, com 24% 

dividasO desemprego e o descontrole financeiro são as principais causas da inadimplência, segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira (29) pela Boa Vista Serviços, administradora do SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito).

De acordo com o levantamento, feito com 1.100 consumidores na cidade de São Paulo durante o 1º trimetsre, o desemprego continua sendo a maior causa da inadimplência, representando 31% dos casos. O descontrole financeiro aparece em segundo lugar, mas caindo de 26% para 24% em relação à pesquisa anterior. Em terceiro lugar está o empréstimo do nome a terceiros (10%).

Segundo a Boa Vista, o desemprego é a causa preponderante nas faixas de renda familiar de até 3 salários mínimos (39%). Entre os consumidores que ganham de 3 e 10 salários mínimos, o principal motivo é o descontrole financeiro (28%), mesma causa declarada entre as faixas acima de 10 salários mínimos (17%).

Mais da metade dos inadimplentes (55%) declaram possuir uma conta em atraso que causou a restrição, 30% declaram possuir entre duas ou três contas e 15% possuem quatro contas ou mais.

Segundo o levantamento, a maioria das dívidas não pagas (34%) está abaixo de R$ 500, mas 15% possuem dívidas abertas acima de R$ 5.000. Outros 36% entre R$ 500 e R$ 2.000 e 16% entre R$ 2.000 e R$ 5.000.

Meios de pagamento e produtos 
O não pagamento da fatura do cartão de credito e das prestações de carnês e boletos foi o principal fator da inadimplência. Segundo a pesquisa, 28% dos entrevistados declaram ter alguma restrição gerada por uma compra realizada com cartão de crédito. Em seguida as restrições foram ocasionadas devido ao não pagamento de carnê/boleto (26%), cheques sem fundos (19%), empréstimo pessoal (14%), cartão de loja (7%) e cheque especial (6%).

Três itens se destacaram em relação ao produto ou serviço que causou a inadimplência. Para 15% dos entrevistados uma das dívidas não pagas originou-se da aquisição de móveis, eletrodomésticos e eletrônicos. Da mesma forma, 15% citam a compra de produtos ou serviços relacionados à alimentação como os causadores das dívidas, e outros 15% citam a compra de vestuário e calçados e para 9% a origem foi do não pagamento de contas de concessionárias de serviços públicos.

Parcela da renda comprometida com dívidas
Dos inadimplentes, 8% declaram que não terão condições de pagar suas contas em atraso, contra 4% no trimestre anterior. Dos outros 92% dos consumidores que possuem restrição e esperam ter condições de pagar a dívida, 39% deles pretendem pagar à vista e 61% de maneira parcelada. Destes que esperam negociar as parcelas, 79% pretendem pagar dentro dos próximos 30 dias, 15% entre 30 e 90 dias, e 5% negociaram prazos superiores a 90 dias.

Quanto à parcela da renda comprometida com dívidas (somando todas as dívidas, com restrição ou não) 19% declaram que mais da metade da renda familiar mensal está comprometida com o pagamento de dívidas. Esse número era de 16% em dezembro de 2012. Outros 48% declaram que até 25% da renda está comprometida com o pagamento de dívidas e 33% declaram ter entre 25% e metade da renda familiar comprometida.

Fonte: G1 – Economia/Seu Dinheiro