Trabalho informal diminui na Bahia

11 de junho de 2013

Foto: Romildo de Jesus

O Observatório do Trabalho da Bahia, formado pela parceria entre o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e a Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte da Bahia (Setre), apresentou, nessa segunda-feira (10/6), em um seminário na Universidade Católica de Salvador (Ucsal), um estudo sobre a informalidade no mercado de trabalho baiano nos anos 2000. A conclusão é que as ocupações informais diminuíram no período analisado.

Do ano 2000 a 2010, do total de ocupados, 24,1% eram formadospor empregados com carteira assinada no início do período e aumentaram para 31,1%. Já os sem carteira assinada, que eram 24,5% no começo, caíram para 22,0%. Apesar da diminuição observada, os trabalhadores informais ainda representavam 44,6% do total de ocupados na Bahia, em 2010.

A demonstração desses dados vai servir de base para futuras ações que o poder público possa tomar relacionadas ao trabalho. “O objetivo do estudo é auxiliar os gestores públicos com subsídios e informações para que eles possam atender às demandas dos trabalhadores”, explica a supervisora do escritório regional do Dieese na Bahia, Ana Georgina Dias.

“A importância também está na disponibilização de dados concretos, evitando, assim, que os gestores se baseiem em informações especuladas”, acrescenta a chefe de gabinete da Setre, Olívia Santana.

Entre os vários dados expostos na pesquisa está, também, o aumento da renda percebida entre os trabalhadores informais. Se em 2000 havia um ganho médio de R$ 692,91, em 2010 o valor apurado foi de R$ 790,55. De acordo com o estudo, o avanço foi estimulado pelo crescimento econômico, mais intenso no período de 2004 a 2009.

De acordo com a professora Ângela Borges, líder do Núcleo de Estudo do Trabalho da Ucsal, atualmente o mercado vive, também, um momento de mudanças sobre a informalidade. “Temos um processo de formalização do informal. O trabalho doméstico é um exemplo, com a PEC das empregadas domésticas. O próprio comércio de rua está sendo reconfigurado nesse processo à medida que as prefeituras têm buscado criar novos espaços voltados para ele”, observa.

O estudo completo está disponível para download no site do Dieese e da Setre.

Fonte: Tribuna da Bahia