Mas precisa aprender a dizer isso ao chefe da maneira certa
Na vida profissional, poucas ocasiões causam tanto constrangimento quanto as avaliações periódicas feitas na empresa. Como diz o consultor Dick Grote, autor do livro How to Be Good at Performance Appraisals (“Como fazer boas avaliações de desempenho”), a autoavaliação é uma saia justíssima. O autoelogio pode ser tomado pelo chefe como arrogância. É fácil errar o tom. Pensando nisso, Timothy Butler, diretor dos Programas de Desenvolvimento de Carreira da Escola de Negócios de Harvard, elaborou um kit de ajuda:
1. Entenda quem vai ler sua autoavaliação. Será apenas seu chefe? A diretoria? Os colegas? Saiba como esse público costuma reagir a um menor ou maior grau de autopromoção. Se o chefe é muito rígido, pode encarar como ofensa a sua nota alta em alguns tópicos. Entenda também o que está em jogo: aquela conversa vai ter impacto no seu bônus ou é apenas formalidade?
2. Enfatize suas conquistas. Na hora de expor seus êxitos, não seja tímido. “Falar bem de si mesmo não é exibicionismo”, diz Butler. O segredo é a objetividade. Exponha da forma mais clara possível as suas contribuições pessoais.
3. Reconheça os erros – mas com cautela. Não corra para alardeá-los. Se tiver de citá-los, faça-o com arte. Vale “maquiar” as palavras. “Em vez de dizer ‘Errei aqui’, diga: ‘É uma área na qual preciso evoluir’, ou ‘Daqui em diante vou fazer diferente’”, diz Butler.
4. Mantenha o foco em você. “Numa autoavaliação, a tentação de queimar os desafetos é grande.” Lembre-se: a avaliação é sobre você. Se houver um problema com um colega, resolva-o antes de se autoavaliar, a portas fechadas.
5. Não tenha medo de pedir o que acha que merece. A autoavaliação é um excelente meio de fazer lobby pessoal. É um instrumento de reivindicação. Seja, porém, educado. E bem específico. Se você acha, por exemplo, que há formas de aumentar a sua participação no trabalho da equipe, diga especificamente no que, e como.
Fonte: http://epocanegocios.globo.com