4 passos para assumir riscos (sem ser irresponsável)

4 de julho de 2013

Quanto maior a preparação, maior é a capacidade dos profissionais de assumir riscos com responsabilidade, segundo especialistas

Algumas atitudes são fundamentais na hora de tomar decisões arriscadas, dizem especialistas
Algumas atitudes são fundamentais na hora de tomar decisões arriscadas, dizem especialistas

São Paulo – Sair da zona de conforto e assumir riscos. Este deve ser o lema de carreira dos profissionais que querem que o sucesso profissional bata a sua porta o quanto antes, de acordo com especialistas.

Mas, como fazer isso sem ser irresponsável a ponto de colocar tudo a perder em uma só tacada? EXAME.com foi investigar o que deve ser levado em conta na hora de apostar naquelas decisões de carreira consideradas arriscadas. Confira o passo a passo recomendado pelos especialistas consultados:

1 Verifique se haverá tempo hábil para você se desenvolver

Você está pronto para assumir o risco? “Muitas vezes, as pessoas assumem desafios mas não têm certeza de que estão qualificados para isso”, diz Alexandre Prates, master coach e sócio fundador do ICA (Instituto de Coaching Aplicado).

Para ele, o profissional nesta situação está na zona de incompetência, como ele classifica. “Quando é levado para esta zona de incompetência, o profissional tem duas opções: assume o risco e topa o desafio ou não assume e fica na dúvida se teria dado certo”, diz.
Ao assumir o risco, diz, assume também a responsabilidade por ele e deve considerar se haverá tempo hábil para ele se desenvolver.

“Tome o exemplo de um vendedor que recebe a proposta para ser gerente. Sem estar preparado, ele discute com o seu gestor um período de adaptação que torna o risco viável de ser assumido”, explica.

Se, no entanto, ele fosse promovido e não tivesse tempo para adquirir as competências necessárias, de acordo com Prates, assumir esta posição poderia ser uma atitude irresponsável, já que lhe faltam qualificações básicas de gestão.

“Muitas vezes, na ânsia de mostrar serviço, o profissional fala ‘deixa comigo’, gera expectativa mas não entrega”, lembra Prates ressaltando que é preciso ter coragem de prometer e a rigidez de caráter para cumprir.

2 Pense nos custos e benefícios

Diante de uma escolha arriscada, José Carlos Ignácio, sócio-fundador da JCI Acquistion e autor do livro “Todo relacionamento entre sócios pode ser melhorado” (Anadarco Editora), recomenda uma análise de custos e benefícios. Assim, será possível verificar se o caminho é rumo uma situação melhor do que a atual.

“A pessoa tem que se perguntar o que agrega este risco a ser assumido”, sugere Ignácio. Ele não considera que o risco tenha que ser proporcional ao ganho. “Na verdade você pode ter como minimizar o risco, não é loteria, é uma questão de planejamento”, diz.

3 Considere o dia a dia da execução

Há que se levar em conta a rotina de execução até atingir o resultado. “Não dá para pensar só no resultado”, diz Ignácio. A nova atividade ou projeto precisa ser viável e prazerosa. “O profissional precisa estar seguro no dia a dia, ou seja, acordar com satisfação de executar”, diz o especialista.

Ou seja, de que adianta assumir uma posição de gestão ou um novo projeto se você está inseguro e o expediente será um martírio diário?

4 Não abra mão das conquistas realizadas até agora

Aposte em atividades e projetos em que você possa aplicar conhecimentos adquiridos até agora. “Não se deve abrir mão das conquistas já realizadas”, diz ele. Ao partir para o novo, não deixe de lado a sua bagagem profissional porque ela é a sua preparação. “Quanto mais puder aplicar seus conhecimentos melhor”, diz Ignácio.

Alexandre Prates indica que a preparação antecipada é a dica de ouro para aumentar a sua capacidade de assumir riscos. “Quanto mais conhecimento se tem, mais preparado se está e isso gera segurança na hora de assumir riscos”, diz Prates.

 

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