Quando se trata de infrações no escritório, os líderes parecem se safar de muitos problemas que custariam o emprego de seus subordinados. Aparentemente, as pessoas fecham os olhos quando o gestor usa o cartão de crédito da empresa para cobrir os 200 dólares de um almoço particular, mas um funcionário pego na cantina do escritório enfiando uma lata de refrigerante na mochila pode perder o emprego.
Contudo, há um limite até mesmo para os cargos mais altos. Novas pesquisas da escola internacional de negócios Insead sugerem que os líderes geralmente recebem mais leniência quando apresentam comportamentos antissociais ou inapropriados, mas quando exageram –ou seja, quando seus comportamentos são considerados “muito graves”–, enfrentam punições ainda mais pesadas do que as de um subordinado.
“Pesquisas mostram que, por conta de seu poder e status, líderes recebem certos privilégios”, afirmou Natalia Karelaia, professora assistente de ciências da decisão na Insead, além de coautora do artigo “When Deviant Leaders Are Punished More than Non-leaders: The Role of Deviance Severity” (“Quando Líderes com Desvio Comportamental são mais Punidos do que Não-Líderes: O Papel da Gravidade do Desvio Comportamental”, em português). “Mas geralmente se espera que os líderes ideais ajam de forma responsável e justa. Por isso, quando cometem desvios graves –que causam danos reais a outras pessoas–, suas ações passam a ser vistas como atos que contrariam as expectativas em relação ao papel de um líder”.
Por Jane Williams- The New York Times News Service/Syndicate
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