Revalida: entenda a polêmica sobre a vinda de médicos estrangeiros ao Brasil

24 de julho de 2013

revalida

“A carência de médicos é indiscutível, sobretudo, longe dos centros urbanos. O Estado não pode negar acesso à saúde e isso está na atual Constituição Brasileira. Entretanto, é preciso estabelecer critérios e assegurar a boa formação desse profissional. O governo deve discutir esses dois pontos junto com a sociedade para que tenhamos a solução adequada à nossa demanda. Não fique de fora, opine. Afinal, a sorte da nossa saúde está lançada!” ( Palavra da Editora do blog http://observatoriofeminino.blog.br)

 

Manifestações e mais manifestações. Esse é o cenário que o Revalida, exame nacional que reconhece diplomas estrangeiros de medicina, tem provocado pelo país.

Médicos e estudantes estão mobilizados depois de uma declaração que o Brasil pretende importar cerca de 6 mil médicos, com o objetivo de suprir a falta desses profissionais nas cidades do interior. Muitos ressaltam que não são avessos à vinda de médicos estrangeiros, mas cobram a aplicação do exame para a autorização do exercício da profissão em solos brasileiros.

Os inúmeros protestos começaram no início do mês quando o governo anunciou que estuda alternativas para suprir a falta de médicos em localidades mais remotas do País e analisava a possibilidade de trazer profissionais de países como Portugal, Espanha e Cuba. Logo o Conselho Federal de Medicina (CFM) foi reativa à proposta. Na última semana, a instituição entrou com uma representação da procuradoria-Geral da República contra a medida.

O Ministério da Saúde defende que a atração de médicos estrangeiros é uma política praticada em qualquer lugar do mundo, mas garante que o exame é capaz de provar que o profissional é devidamente qualificado e tem fluência na língua local.

Segundo o ministro Alexandre Padilha, a validação do diploma não será automaticamente efetuada. Haverá uma avaliação específica nesses casos para evitar que o médico trabalhe em qualquer local, já que a aprovação no exame tradicional dá essa condição. “Nós temos um foco muito claro, que é ter programas específicos que autorize o médico exclusivamente a atuar na área de carência de profissionais, na periferia das grandes cidades e nos municípios de interior”, explicou Alexandre Padilha.

O Governo tem um programa para tentar fixar médicos no interior, com uma base de 13 mil vagas. Apenas 4 mil foram preenchidas, mesmo oferecendo salários de 8 mil.

Conheça como funciona o exame Revalida – A 1° fase da prova custa R$ 100, 00 e a 2°,R$ 300,00. Na etapa inicial (oito horas de provas), o candidato deverá responder questões de múltipla escolha e discursivas. Já a última (50 minutos para a realização de atividades em 10 estações médicas), testa habilidades clínicas dentro da especialidade médica. Ambas tem caráter eliminatório.

No ano passado, as provas da 1° fase aconteceram em Manaus (AM), Fortaleza (CE), Rio, Campo Grande (MS) e Brasília e a 2° fase foi em Brasília.

A espera pela finalização do processo é relativa, depende das universidades parceiras do Revalida que só são autorizadas a conceder à revalidação do diploma, após a aprovação dos resultados divulgados pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais).

O candidato precisa ter diploma médico expedido por instituição de ensino superior estrangeira e ser reconhecida pelo Ministério da Educação ou órgão equivalente desse país, além de ser autenticado pela autoridade consular brasileira. Os demais documentos serão tratados e checados pela instituição que fará a validação do diploma. Fora isso, ainda é necessário que os estrangeiros apresentem o Celpe-Bras, exame da proficiência em língua.

Confira também o post sobre os desdobramentos da pauta REVALIDA.

Fontes: http://observatoriofeminino.blog.brGlobo.comUol e site Terra.