Produtos da agricultura familiar chegam às prateleiras de lojas da Cesta do Povo

27 de agosto de 2013

coloridos-template2A partir de 1º de setembro, os clientes das 289 lojas da Cesta do Povo, localizadas em 236  municípios  baianos,  poderão comprar produtos oriundos da agricultura familiar. Nesse sentido, a Empresa Baiana de Alimentos (Ebal), que administra a Cesta do Povo, maior rede de abastecimento alimentar da Bahia, assinou contratos de compras de mercadorias, no valor total de R$ 201.310, inicialmente com 15 cooperativas e associações de produtores familiares, em evento realizado na Secretaria Estadual da Agricultura (Seagri). Outras sete cooperativas estão em fase final de negociação para fechamento de contratos, totalizando 22 instituições.

A compra dos produtos da agricultura familiar e sua colocação na rede Cesta do Povo é fruto de parceria celebrada entre o governo do Estado, através da Seagri, por meio de sua Superintendência da Agricultura Familiar (Suaf), e da Empresa Baiana de Alimentos, com a União das Cooperativas da Agricultura Familiar da Bahia (Unicafes/Bahia), no âmbito do Programa Vida Melhor.

Dessa forma, as geleias de umbu, o maracujá da caatinga, o biscoito avoador, a cachaça de Abaíra, o achocolatado de Ilhéus, sequilhos diversos, camarão seco, mel, leite em pó e açúcar mascavo produzidos pela agricultura familiar baiana, são alguns dos 40 produtos que estarão nas prateleiras das lojas da Cesta do Povo.

De acordo com o secretário estadual da Agricultura, engenheiro agrônomo Eduardo Salles, essa ação, que beneficia diretamente a mais de dez mil agricultores  familiares que estão na base de produção das 22 cooperativas e associações, “representa um marco histórico na história da Ebal e da agricultura familiar”. Ele afirmou ainda que “hoje é um dia histórico, no qual realizamos um desejo antigo do governador Jaques Wagner, de ter os produtos da agricultura familiar comercializados na Cesta do Povo. Salles destacou o empenho e dedicação da equipe da Superintendência de Agricultura Familiar da Seagri, bem como o apoio e participação do Sebrae na qualificação dos produtores.

Para Eduardo Sampaio, presidente da Ebal, o nível de organização das cooperativas e associações com as quais foram celebrados os contratos de compra de mercadorias “nos dão a certeza de que vamos ofertar aos consumidores das lojas da Cesta do Povo produtos de qualidade, com preços atrativos e com a garantia de que estão comprando produtos socialmente justos”. Todos os produtos estarão com o Selo de Identificação da Participação da Agricultura Familiar da Bahia (SIPAF).

Inclusão elimina atravessadores

O secretário Eduardo Salles e o presidente da Ebal, Eduardo Sampaio, acordaram que gôndolas divulgando a oferta de produtos da agricultura familiar serão colocados nas lojas da Cesta do Povo das maiores cidades.

Além de Salles e de Sampaio, o evento de assinatura dos contratos contou com as presenças do superintendente de Agricultura Familiar da Seagri (Suaf), Wilson Dias; do diretor de Agregação de Valor Suaf, Jeandro Ribeiro, e do coordenador do Eixo Urbano do Programa Vida Melhor, André Santana, além dos presidentes das cooperativas Coopercuc, Copireçê, Codecana, Cocal, Cooperman, Produpesca, Coopaita , Cooproaf, Coopamesf, Cecoapi, Coofasulba, Coopama, associações Bastianense, Sol Nascente e Emiliano e Florestal.

Feliz com a iniciativa, o vice-presidente da Associação dos Produtores Rurais e Pescadores do Distrito Governador João Durval Carneiro, Jurandyr Carvalho, destacou que a colocação dos produtos na rede da Ebal elimina os atravessadores e agrega valor aos produtos. Segundo ele, a entidade conta com 270 associados, que agora vão melhorar a renda e as condições de vida.

Com 300 cooperados, a Central de Cooperativas dos Apicultores da Bahia também assinou contrato de venda, colocando, inicialmente 1.520 potes de 280 gramas de mel. Para o presidente da central, Franciélio da Silva Macedo, “esse é um passo importante para reduzirmos a venda à granel, como é feita hoje, para empresas exportadoras de São Paulo, Ceará e Piauí”.

O superintendente da Suaf, Wilson Dias, destacou que “esta é uma oportunidade de mercado que se soma ao mercado institucional do PAA e PNAE, servindo como trampolim definitivo para o mercado convencional”.

Fonte: Tribuna da Bahia