Desemprego se mantém estável em julho, indica pesquisa Dieese/Seade

28 de agosto de 2013

Taxa de desemprego nas 7 regiões metropolitanas ficou em 10,9%.De junho para julho, desemprego aumentou em BH, Porto Alegre e Recife.

desempregoA Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Econômicos (Dieese) e da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), mostrou que a taxa de desemprego no conjunto de sete regiões metropolitanas do país manteve-se estável em julho, repetindo o patamar de 10,9% de junho. Em igual período do ano passado, a desocupação atingiu 10,7%.

O contingente de desempregados no conjunto das sete regiões foi estimado em 2,424 milhões de pessoas, número semelhante ao do mês anterior. A população economicamente ativa (PEA) das sete regiões ficou em 22,250 milhões de pessoas, 107 mil mais que em junho.

O levantamento é realizado nas regiões metropolitanas de São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador, Recife, Fortaleza e no Distrito Federal.

Na passagem de junho para julho, o desemprego diminuiu em Salvador (de 19,1% para 18,7%), São Paulo (de 11,3% para 11%) e em Fortaleza, de 8,5% para 8,4%, mas aumentou em Belo Horizonte (de 6,7% para 7,1%), Porto Alegre (de 6,6% para 6,7%), e no Recife (de 12,5% para 13,4%). A taxa permaneceu estável no Distrito Federal (12,1%).

Indústria contratou mais

Em julho, na comparação com junho, a indústria foi o setor que mais contratou na média das sete regiões metropolitanas pesquisadas.

A indústria de transformação registrou saldo de 54 mil novos postos de trabalho (avanço de 1,9%), e o de comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, veio em seguida, com 46 mil contratações (1,2% a mais). A construção criou empregos, mas em menor medida, com 11 mil novas vagas (0,7%).

O setor de serviços demitiu 7 mil pessoas no período, o que corresponde a retração de 0,1% na ocupação ante junho.

Renda

Em junho, no conjunto das sete regiões pesquisadas, o rendimento médio real dos ocupados diminuiu 0,1%, para R$ 1.610, em relação a maio. Já o rendimento médio real dos assalariados ficou em R$ 1.664, avanço de 0,3% ante o período anterior.

Na comparação com junho do ano passado, o rendimento médio real dos ocupados subiu 0,3% e o dos assalariados aumentou 1,1%.

A massa de rendimentos dos ocupados nas sete regiões variou 0,3% em junho, ante maio, e a massa dos assalariados avançou 1,1%. Ante junho de 2012, a massa de rendimento dos ocupados elevou-se em 0,9%, e a dos assalariados cresceu 2,7%.

Na pesquisa do Dieese/Seade, os dados relativos à renda referem-se sempre ao mês anterior ao do levantamento.

Região Metropolitana de São Paulo

A taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo caiu de 11,3% em junho para 11% em julho, de acordo com a pesquisa. Em julho de 2012, a taxa de desemprego da região era de 11,1%.

O contingente de desempregados na região metropolitana de São Paulo caiu para 1,197 milhão de pessoas, 28 mil menos que em junho. Já a população economicamente ativa aumentou em 42 mil para 10,885 milhões de pessoas.

Entre os setores, o que mais contratou na RMSP foi a indústria de transformação, com saldo de 41 mil empregos (2,6%). A ocupação cresceu 2,4% no comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, com 42 mil contratações, e 2,1% na construção, que adicionou 15 mil postos de trabalho no período.

O setor de serviços da RMSP demitiu 28 mil pessoas em julho, o que corresponde a retração de 0,5% na ocupação ante junho.

Renda

O rendimento médio real dos trabalhadores ocupados na região metropolitana de São Paulo caiu 0,8% em junho, na comparação com maio, para R$ 1.735. O dos assalariados variou 0,2%, para R$ 1.781 no período. Na comparação com junho de 2012, o rendimento médio real dos ocupados caiu 2,2% e o dos assalariados cedeu 0,6%.

A massa de rendimento reduziu 0,6% entre os ocupados, e a dos assalariados avançou 1,4% em junho, ante maio. Na comparação com junho do ano passado, a massa de rendimento dos ocupados diminuiu 2,1% e a dos assalariados aumentou 1,9%.

Fonte:  G1
Imagem: blogs.diariodepernambuco.com.br